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Cláudia Piloto

Pure Life Concept é um projeto pioneiro e único em Portugal, concebido e realizado por Cláudia Piloto: um serviço de tratamento e aconselhamento de imagem destinado a acompanhar as mulheres que sofrem perda de cabelo e alterações no aspeto da pele, devido a tratamentos de quimioterapia ou alopécias de foro dermatológico. Uma ajuda preciosa para apoiar estas mulheres numa das fasese mais difíceis da sua vida porque, como diz Cláudia, “se as pessoas se sentirem bem isso vai ajudá-las a curar-se mais depressa.”

– Como surgiu este projeto?

-Não foi uma coisa programada. A ideia surgiu porque duas amigas me pediram ajuda no sentido de arranjar a prótese capilar, a cabeleira, porque lhes ia cair o cabelo no decorrer do processo de quimioterapia. E eu tratei dessas duas amigas, fiz-lhes a prótese, que mandei vir… na altura ainda não havia cá muita coisa com aquela qualidade… E gostei imenso de fazer esse trabalho! Na altura ainda só fazia o cabelo mas adorei e até o meu marido, que é também meu sócio, percebeu logo que eu gostei mais de fazer aquilo do que qualquer outra ciosa que tenha feito até hoje. E quando surge um trabalho assim, que considero de missão, sentimos imediatamente que vai ser o trabalho da nossa vida. A partir daí começámos a desenvolver o projecto. A ideia surgiu com o cabelo e depois naturalmente evoluiu para a pele e a maquilhagem, que é aquilo de que a pessoa precisa para se sentir confiante durante o processo.

– Onde é que as pessoas interessadas se podem dirigir?

– Em Lisboa estamos no Cabeleireiro Lúcia Piloto da avenida 5 de Outubro e no hospital CUF da Infante Santo, onde tenho um gabinete. E no  Estoril no meu espaço, que se chama Pure Life Concept, nas piscinas do Tamariz.

– Como se desenrola o processo a partir daí? Vamos supor que é uma pessoa que vai iniciar a quimioterapia e que já sabe que lhe vai cair o cabelo.

– É exactamente nessa fase que me deve procurar. Geralmente as pessoas vêm recomendadas do médico ou de alguém que lhes falou de mim, e a partir do momento em que sabem que lhes vai cair o cabelo (porque há casos em que não cai), mas quando sabem que vai cair, e isso normalmente é-lhes dito pelo médico, vêm a uma primeira consulta comigo. Aí eu analiso a natureza da pessoa e as características do cabelo, a estrutura, a forma, a cor, conheço a pessoa e os seus hábitos, o que é muito importante para a escolha da prótese, faço uma fotografia. Depoi, com base nesses dados, dou a minha opinião em relação à prótese ideal. Para poder fazer este trabalho criei uma linha de próteses, a convite da Hair Plus, que por enquanto tem três modelos que eu trabalho para os adaptar à medida. As próteses vêm em bruto e depois sou eu que lhes faço o corte e se for preciso ajusto a cor, para se adaptar perfeitamente, explico como se aplica… Nessa primeira consulta falo-lhes da parte do cabelo, dou-lhes logo uma ideia do que acho que deveriam pôr, combinamos uma segunda consulta para experimentar, geralmente trago duas ou três cabeleiras para vermos o que se adapta melhor e depois trabalho a prótese à medida. Tudo isto é feito de modo a que a pessoa tenha a prótese pronta antes de começar a cair o cabelo, aliás eu corto o cabelo antes de ele começar a cair porque é muito menos traumatizante.

– E em relação à pele?

-Recomendo os produtos necessários. Só trabalho com produtos naturais e recomendo basicamente produtos de limpeza, regeneração e protecção da pele. É um kit com poucos produtos mas que são tudo o que a pele precisa nestas alturas, uma coisa prática para que as pessoas os utilizem de facto. Se houver muita complicação, muitos produtos e muitos gestos  as pessoas não seguem nada, não têm tempo nem paciência, sobretudo nestas alturas.

– E em relação à maquilhagem?

-Trabalho com produtos de uma linha Terracotta, também com ingredientes naturais, e explico como deve aplicar para jogar com as zonas de cor e os pontos de luz, para a pessoa poder no seu dia a dia disfarçar as olheiras e zonas mais sombrias e dar um pouco de cor para contrariar aquela tendência da pele ficar mais amarelada e macilenta. Tudo isto ajuda imenso. Em termos de cabelo as pessoas vêm-se iguais ao que sempre foram. Quando saem daqui ainda não começaram o processo de queda mas cortam o cabelo, aplicam a prótese e saem iguais ao que estavam quando entraram, em termos de tipo de cabelo, forma e até espessura do cabelo. Porque a prótese foi escolhida mesmo para elas. A escolha da prótese é importantíssima e eu tenho tudo em conta: a espessura do cabelo, a maneira como ele cai e se move… isso é a parte importante porque eu posso fazer o mesmo corte que a pessoa tinha mas se o cabelo da prótese tiver o dobro da espessura que o cabelo natural da pessoa automaticamente se nota. Essa parte tem de ser trabalhada. Assim como os jeitos que a pessoa cria no cabelo, ter a franja no sítio certo… Claro que se trata de uma prótese e como tal há algumas limitações, por exemplo se a pessoa tem o hábito de andar com o cabelo apanhado, num rabo de cavalo, com a prótese vai ter de andar com o cabelo solto… Ou então prendê-lo de outras maneiras, que eu também ensino. O objectivo é aliás esse, ensiná-las, porque nesta altura em que têm tanto em que pensar é menos uma coisa com que têm de se preocupar. Eu acredito que metade da cura vem da forma como a pessoa se sente, se as pessoas se sentirem bem isso vai ajudá-las a curar-se mais depressa.

– Teve dificuldade em arrancar com o projecto a nível hospitalar? A ter o apoio do hospital CUF?

– Não, nenhuma!Quando mostrei o projecto à CUF passado dois meses estava lá. A aceitação por parte dos médicos foi fantástica. Aliás lá fora existem imensas coisas destas, é mesmo impensável que não existam. Imagine o que é: uma mulher sabe que vai ficar sem cabelo então vai ali à loja e compra uma coisa mais ou menos parecida com o seu cabelo mas não é o mesmo que ter uma prótese feita para ser o mais semelhante possível ao seu cabelo natural, em todos os aspectos. Tem de haver uma formação de fundo e a pessoa tem de saber exactamente o que está a fazer para poder aconselhar.

– E teve de se preparar para criar este projecto?

-No que diz respeito ao cuidado da pele e da maquilhagem, fiz formação. Em relação às próteses, quando comecei a trabalhar faziam-se imensos desfiles de moda em Portugal  desfiles de moda e eu trabalhava sobretudo com cabelo postiço portanto sempre dominei esta área, até porque sempre fui mais virada para as artes do que propriamente só para os cabelos. Gosto do aspeto de moldar uma coisa que vem em bruto e isso não é muito possível no trabalho do dia a dia, apesar de eu ter muitos clientes que me acompanham desde o início. Mas actualmente 80% do meu trabalho é virado para o apoio na oncologia. E dermatologia, porque há pessoas que não têm mesmo cabelo, com alopécias totais ou muito acentuadas.

– E isto é um processo caro? As próteses são caras?

– A consulta de diagnóstico é gratuita, quer seja na oncologia quer na dermatologia.Em relação às próteses os preços variam. Eu gosto de trabalhar com próteses 100% naturais porque nos dão a liberdade para fazermos o que quisermos. Mas 50% das que coloco são sintéticas, porque são mais acessíveis.  As próteses com que trabalho são fantásticas, têm óptima qualidade, o interior é óptimo, pode-se inclusive dormir com elas, porque vêm quase em forma de touca no interior, são todas fechadas, não irritam o couro cabeludo… são de um conforto fantástico. E o conforto aqui é fundamental porque vão ser usadas por um período longo. E essa também é uma das razões porque eu gosto das próteses naturais: a pessoa compra uma prótese sintética, até porque à primeira vista parecem iguais, isto falando daquelas com que trabalho, que não têm aquele brilho artificial. Mas com o tempo, a fricção dos fios sintéticos entre si criam borboto. O cabelo fica completamente embaraçado é comum é que passados dois ou três meses tenha de se cortar um bocado, e depois mais um bocado… e a coisa acaba por não ficar igual ao que estava antes. Claro que fica bem na mesma, mas com o cabelo curto e portanto não fica a pessoa como está habituada a ver-se e como gosta de se ver.

– E na área da dermatologia, na alopécia?

– No caso das alopécias, e tenho tratado bastantes, trabalho com aplicações de algas, que são também 100% naturais, o que é muito raro encontrar-se em Portugal, e depois a pessoa leva dois produtos complementares para aplicar em casa. As sessões de algas são vendidas em pacotes de 15 e a pessoa vem semanalmente, ou com outra periodicidade conforme a necessidade. O diagnóstico é gratuito mas depois as marcações têm de ser logo feitas, tudo certinho, para a pessoa não falhar porque se começa a saltar tratamentos obviamente não resulta. É por isso que faço os pacotes completos, porque isto tem de ser feito de uma forma regular. E tenho tido resultados brilhantes. Os produtos que utilizo vão fazer com que os folículos que estão adormecidos despertem. E começa a nascer cabelo. É extraordinário. Os tratamentos têm também uma vertente de aromaterapia porque também têm óleos essenciais que atuam a nível do sistema nervoso, da imunidade… A pessoa sente-se melhor e ao sentir-se melhor é natural que tudo funcione melhor, para além das algas que vão despertar os folículos. Claro que isto só funciona se ainda houver folículos, caso contrário já não consigo fazer nada. Também posso fazer micro extensões, que são extensões muito fininhas, o mais fininho que se consegue, mas também aí tudo dependa da quantidade de cabelo que ainda existir porque se houver pouca massa capilar não se podem fazer extensões. Nesse caso é preciso tratar primeiro para fazer nascer o máximo de cabelo possível e só depois de termos alguma massa é que faço as extensões.

– E onde são feitos esses tratamentos?

– No meu espaço do Estoril e na Lúcia Piloto da av. 5 de Outubro. Na CUF só faço primeiras consultas, maquilhagem, a avaliação da pele e a parte da prótese: levo para lá, faço lá, transformo lá. E a parte das micro extensões também. Tudo o que tem a ver com algas, os tais tratamentos que são feitos durante cinco meses, não pode ser feito na CUF.

– Durante a quimioterapia também é frequente as sobrancelhas caírem ou ficarem esparsas. Há alguma solução?

– Sim, já tivemos casos em que as aplicámos pelo a pelo. Mas também tenho umas que já vêm prontas, depois só temos de lhes dar uma forma mais parecida com o desenho natural das sobrancelhas da pessoa. Duram sensivelmente 15 dias. Mas a minha experiência em relação às sobrancelhas é que, se de facto há pessoas a quem cai na totalidade, na maioria das pessoas cai sensivelmente metade do pelo e aí aconselho a fazer um sombreado com uma sombra específica, que eu indico e explico como se usa. Portanto nas sobrancelhas eu ensino-as a desenhar dentro do que têm. Com uma sombra e um pincel específico, em vez do lápis que fica sempre estranho.

Contactos para marcações e informações:

Pure Life Concept, Edifício Cláudia Piloto, Piscinas do Tamariz; Estoril, tel.: 214 643 790

Pure Life Concept/Cláudia Piloto no Hospital CUF Infante Santo, Lisboa, tel.: 213 926 100

Pure Life Concept/Cláudia Piloto no Lúcia Piloto Cabeleireiros, av. 5 de Outubro, Lisboa, tel.:217 908 210

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