‘Trolls’, que estreia nas salas de cinema portuguesas na próxima quinta-feira dia 27 de outubro, é um filme para toda a família. Quem o diz são os portugueses que dão voz aos protagonistas: David Carreira como Branch e Mia Rose na voz de Poppy. Dos criadores de ‘Shrek’, a versão original conta com as vozes de Justin Timberlake e Anna Kendrick nos papéis principais.
Divertidos e, acima de tudo, uma dupla visivelmente com ‘química’, os cantores concederam uma entrevista reveladora (principalmente da parte de David) à ACTIVA.
Já fizeram um filme de animação juntos [‘Lorax’, de 2012]. Como foi ter recebido o convite para trabalharem juntos uma segunda vez?
David: Trabalhar com a Mia desta vez foi melhor… No primeiro filme não houve tanto contacto como em ‘Trolls’. Neste não gravámos juntos, mas tivemos muito próximos, gravámos várias promos e o making of. Portanto, acabámos por ter mais ligação. Desta vez, gravei já a ouvir a voz da Mia na personagem Poppy. Foi muito bom, e acho que me diverti [Mia “Acho que me diverti?”]. Aliás, diverti-me mais neste filme do que no anterior. Estava mais à vontade e adorei a história de ‘Trolls’, é muito engraçado e a personagem da Mia tem muita piada.
Mia: Eu gostei imenso de, em primeiro, ter recebido o convite para participar em ‘Trolls’, porque queria mesmo fazer o filme. Já tinha visto o trailer em janeiro, portanto, saber que podia fazer o papel de Poppy foi muito gratificante. A experiência foi muito enriquecedora, gostei de trabalhar com toda a equipa que fez parte das gravações. Desta vez, não consegui gravar com a voz do David, – que me fez falta, digamos – porque em ‘Lorax’ foi tão bom ouvi-lo e fazer a minha interpretação a seguir. Em ‘Trolls’ tive de gravar a minha voz sem a voz dele, mas tive lá o Justin [Timberlake] e a Anna Kendrick para me ajudarem. Portanto, foi muito bom terem-me convidado.
Por já terem feito um filme de animação antes, foi mais fácil darem voz às personagens de Trolls?
Mia: Ambas as personagens são muito parecidas comigo, portanto, nunca as achei muito difíceis de fazer, nem considero isto um trabalho, foi só uma diversão autêntica, por isso não houve muita dificuldade, mas muita diversão.
Falam de Justin Timberlake (Branch) e Anna Kendrick (Poppy) que deram voz às vossas personagens na versão norte-americana, mas não se sentiram intimidados com isso?
David: Não… A tradução para português está muito bem feita. O que é engraçado é se vai pondo as expressões e os ‘dizeres’ portugueses e isso torna o Branch e a Poppy mais iguais a nós, mais próximos de mim e da Mia.
Mia: Está muito bem escrito, quem traduziu fez um trabalho muito bom. As expressões estão lá. As músicas em português foram muito bem conseguidas. Tivemos só uma música que não foi traduzida. Mas mais uma vez, desafiante não foi, prazeroso sim.
Qual foi o maior desafio a dar voz a estas personagens?
Mia: Cantar é-nos fácil, mas cantar com uma voz de desenho animado pode ser desafiante.
David: O maior desafio foi chegar a horas. [ri-se] Mas bater no lip sync, sobretudo a cantar, torna-se mais complicado [Mia concorda]. Porque é algo que nunca fiz, e da primeira vez ter de cantar num desenho animado é diferente.
Mia: Tens menos liberdade.
David: Sim, é isso. Nas minhas músicas estou habituado a um método de trabalho que é aquilo e com a equipa com quem estou habituado a trabalhar e é mais usual para mim. E para o filme saí da minha zona de conforto. Ter que cantar a ver um boneco… Quando tu cantas interpretas também, mas ali interpretas mais ainda, é uma história, portanto, tens de cantar consoante os sentimentos deles naquela história.
Mia: Uma coisa que foi difícil, e tu não tiveste isto, eu tive de aprender uma música frase a frase, melodia a melodia, enquanto cantava, [olha para o David e explica] ou seja, não conhecia a música de lado nenhum, é uma música original para o filme ‘Trolls’, e eu ia memorizando enquanto gravava. Fui conhecendo a música enquanto gravava. Foi deveras complicado. Não sabes para onde vais.
David: E gostaste da música? [ri-se] Eu não a ouvi.
Mia: É mesmo gira. Não a ouviste porque não estás lá, sou só eu…
David: É que nós ainda não vimos o filme. [riem-se os dois] Estamos com muita vontade.
E quanto tempo é que demoraram a gravar as vossas vozes?
David: Dois dias, acho eu.
Mia: Um dia e meio.
O que é que vos cativou a aceitar este papel?
Mia: Queria fazer parte do filme Trolls, e quando vi o trailer estava com medo que já tivesses gravado absolutamente tudo e que já tivessem a equipa reunida. Portanto, quando soube que era uma possibilidade entrar no filme, fiquei absolutamente felicíssima, e quando consegui o papel foi como realizar um sonho.
David: Subscrevo [riem-se].
Identificam-se com algumas características das vossas personagens?
David: Tu já percebeste que a Mia é muito próxima da Poppy e eu tenho um lado rabugento de vez em quando, mas é raro, [Mia “Todos nós temos”]. Até ao meio dia sou rabugento. [Mia: “Por isso não o acordem antes do meio-dia”]. Não sou daqueles que acorda e abre a janela e diz “Bom Dia!!”, mas que acorda ainda com um olho fechado a reclamar.
Para quem nunca ouviu falar do filme, como é que vocês o descreviam?
Mia: É um futuro clássico. É aquele filme que dá para qualquer tipo de audiência, para qualquer idade, para a família toda, com Nutella.
David: Isso da Nutella é meu! É um filme para a família, para todas as idades. Adoro ver desenhos animados. Vejo desenhos animados ao domingo de manhã ou à tarde com Nutella! [Mia ri-se] Eu é que disse isso inicialmente!
Mia: Eu não vejo com Nutella, vejo com… Cenoura ou assim. Tu comes Nutella sozinho?
David: Isso também não. Queres que eu te diga o que é que já fiz? Eu gosto bastante de azeite.
Mia: Não! Fizeste Nutella com azeite?! Isso é nojento!
David: Espera! Deixa-me acabar. Pões o pão no azeite… É ótimo não é? Fiz isso com uma baguette. Então pendurei o pão no azeite e depois vi o frasco de Nutella, e pensei “vamos experimentar uma receita gourmet”. Não sei se fiz isto por serem 5 da manhã, mas… É o meu treino antes e depois de ir ao ginásio. [riem-se] O músculo fica mais oleado e trabalha melhor.
Quais são os vossos projetos futuros? Música, cinema, televisão?
Mia: Todos! Por mim eram todos. Neste momento estou mesmo focada na música, o álbum está para breve e é trabalhares todos os dias naquilo de que tu gostas e eu tenho muita sorte em fazer aquilo que amo de verdade.
David: Eu… Subscrevo. O DVD do Campo Pequeno sai em novembro, o álbum francês sai em abril, portanto até lá vamos lançar mais singles do álbum francês com videoclipe. E saí daqui a três dias o videoclipe de ‘Não fui eu’ [saiu dia 19 de outubro] que é o último videoclipe do projeto 3, que neste álbum são oito músicas que seguem uma história e, portanto, é um videoclipe que conta o final da história.
Uma mensagem às leitoras da ACTIVA…
David: Uma dica… Nutella, azeite e baguette. Se querem ganhar um ‘one pack’ é a solução certa. Têm de motivar o one pack.
Mia: Não oiçam o David Carreira em termos culinários! Confesso que gosto imenso da revista ACTIVA, tem dicas boas, portanto acho que todas as pessoas que leem a revista deveriam ver o ‘Trolls’ porque se vão divertir imenso.