Muitos artistas sonham com o momento em que vão ganhar um Grammy, mas não Drake.
Recorde-se que o canadiano faz parte do grupo de artistas que decidiram não marcar presença na edição de 2017 da cerimónia de entrega de prémios.
Contudo, Drake recebeu dois galardões pelo single ‘Hotline Bling’, um na categoria de Melhor Canção Rap e o outro pela Melhor Interpretação de uma Canção Rap. E é aí que está o problema.
Em entrevista no ‘OVO Sound’, da Apple Music, explicou que muitas vezes se sente um “forasteiro” por ser um indivíduo natural do Canadá, mestiço (a sua mãe é judia e o pai, negro), com um estilo de música eclético, que não cabe em nenhuma das ‘caixas’ da Academia que, por sua vez, se encarregou de o “enquadrar” numa.
“Referem-se a mim como um artista negro”, explicou. “Aparentemente sou um rapper, apesar de ‘Hotline Bling’ não ser uma canção rap. A única categoria na qual me conseguem enquadrar é o rap, talvez porque fiz rap no passado ou porque sou negro”, continuou. “Não consigo perceber porquê”
Drake, 30, também questionou a ausência do single ‘One Dance’, o seu primeiro número um nas tabelas norte-americanas como artista a solo, da lista de nomeados para Canção do Ano.
“Não me enquadro e tive uma das maiores canções do ano, e é uma canção pop e tenho orgulho nisso”, continuou. “Adoro rap e essa comunidade, mas escrevo canções pop por um motivo. Quero ser como o Michael Jackson. Quero ser como os artistas que admiro”.
A estrela revelou ainda que, apesar de ter vencido dois prémios Grammy, o momento o deixou com uma “sensação estranha”.
” “Não me parece certo. Quase que me sinto alienado, ou que eles estão a tentar propositadamente alienar-me ao fazerem-me ganhar prémios no rap. Ou acalmar-me ao darem-me algo e colocarem-me naquela categoria porque é o único lugar onde conseguiram pôr-me”.
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