Lily Colins, uma estrela em ascenção em Hollywood, escreveu ao pai uma carta aberta ao pai onde garante que está ‘perdoado’ por ‘não ser o pai’ que ela esperava.
A atriz, de 27 anos, que recebeu recentemente uma nomeação para um globo de ouro pelo seu papel em ‘Regras à Parte’, de Warren Beatty, publicou uma carta endereçada ao pai no seu primeiro livro – ‘Unfiltered: No Shame, No Regrets, Just Me’.
No livro, lançado nos Estados Unidos a7 de março), escreve : “Eu perdoo-te por não estares sempre lá quando eu precisava e por não seres o pai que eu esperava. (…) Eu perdoo os erros que cometeste. E apesar de parecer demasiado tarde, não é. Ainda há muito tempo para seguir em frente.”
Lily, que nasceu em Surrey, é a única filha do segundo casamento do músico com a americana Jill Travelman. Tinha cinco anos quando o pai se divorciou da mãe, alegadamente por fax, antes de se mudar para a Suiça – e por lá ficou durante 20 anos.
Depois da separação, em 1994, Lily e a mãe mudaram-se para Los Angeles e só voltaria a ver o pai durante as férias da escola.
Na carta pública, escreveu também “Todos fazemos escolhas e, apesar de não desculpar algumas das tuas, no fim do dia não podemos reescrever o passado. Estou a aprender a aceitar as tuas ações e a vocalizar como elas me fizeram sentir. Aceito e honro a tristeza e raiva que senti perante as coisas que tu fizeste ou não fizeste, o que me deste ou que não me deste.”
A estrela de cinema também falou sobre as batalhas com a anorexia e a bulimia no novo livro, que liga ao stress causado pelo divórcio do pai da terceira mulher Orianne Cevey, em 2008.
Ao escrever sobre esse período, Lily disse: “Não só comecei a ver-me fisicamente de forma diferente, como comecei a limitar a minha felicidade através do controlo da minha alimentação. (…) “Não conseguia lidar com a dor e confusão que rodeavam o divórcio do meu pai, e estava a ter dificuldades em equilibrar o facto de ser uma adolescente a perseguir duas carreiras diferentes.”
Lily descreve o “terrível espaço” que cresceu entre ela e o pai à medida que foi crescendo, a viver num continente diferente, e declara que “muitas das minhas inseguranças mais profundas eram fruto destes problemas com o meu pai.”