Melissa Raunch está grávida e falou pela primeira vez sobre a montanha russa de emoções que foi a sua jornada para ser mãe.
A atriz de 37 anos, mais conhecida por interpretar a microbiologista Bernadette Rostenkowski-Wolowitz na série ‘A Teoria do Big Bang’, escreveu um texto para o site da revista ‘Glamour’ no qual explica como é saber que vai ter um filho já neste outono depois de ter sofrido um aborto espontâneo no passado.
“Aqui está uma declaração sobre a minha gravidez que não me faz sentir uma autêntica fraude: ‘A Melissa está à espera do primeiro filho. Ela está extremamente feliz, mas se for honesta, devido ao facto de ter sofrido um aborto espontâneo da última vez que esteve grávida, ela está bastante aterrorizada neste momento com a ideia de que possa acontecer novamente”, começou por escrever.
Rauch também recapitulou o momento em que descobriu que tinha perdido o seu bebé, descrevendo-o como “uma das mágoas mais profundas” que alguma vez sentiu na vida, que “despontou uma depressão primitiva que se abateu” sobre si.
“A imagem no nosso bebé no monitor da ecografia – sem movimento, sem batimento cardíaco – depois de termos visto o mesmo pequeno coração saudável e tremulante apenas duas semanas antes apanhou-nos completamente de surpresa e assombra-me até aos dias e hoje”, partilhou. “Fiquei à espera que a tristeza fosse embora… mas não foi. Apercebi-me de que este tipo de perda não é tão falada quanto deveria ser. Não há um modelo a seguir para processar estas emoções”, explicou. “Não vamos necessariamente a um tribunal ou meter baixa para fazer luto, mas isso não muda o facto de que algo precioso foi tirado inesperadamente da nossa vida”.
Eventualmente, Melissa percebeu que não há nada que pudesse ter feito e que tinha de seguir em frente. Agora, aconselha mulheres que tenham passado pelo mesmo a serem “bondosas consigo mesmas” e a permitirem-se sofrer, independentemente da forma como o luto se manifeste. Contudo, deixa claro que a escolha de tornar a sua jornada pública não significa que alguém na mesma situação deva sentir-se na obrigação de fazê-lo.
“Pessoalmente, só queria expressar aquilo que vivi na esperança de que pudesse – de alguma forma muito pequena – ajudar alguém que esteja a passar por uma dor semelhante”, afirmou. “Idealmente, quanto mais falarmos sobre este problema, mais acabamos com o estigma desnecessário que o rodeia, e o resultado final seria que aquelas que lidam com a perda e infertilidade iriam sentir-se menos sozinhas”.