“É preciso dizer às crianças que nem todos aprendemos da mesma maneira. A uns basta ouvir o que lhes dizem (são auditivos), outros precisam de ver (visuais) e outros ainda precisam de usar todos os seus sentidos. Quando lhes dizemos isto, eles ficam mais recetivos. Outra boa ideia é deixá-los começar pelos trabalhos mais chatos ou que têm mais dificuldade. Os TPC são como comer um bolo ou um gelado: começamos pela parte menos boa e guardamos o melhor para o fim. Também incentivamos a partilha com os outros miúdos. Se por exemplo o TPC era uma composição, partilhamos o texto (com a devida autorização dos pais) no Facebook. Os miúdos têm aderido muito bem a esta exposição dos seus trabalhos e tem sido uma forma de motivação, em vez de os pormos na parede, pomos na net. Sites educativos aconselhados: www.eduforum.pt/outros-sites/sitesedudiv; www.infopedia.pt; www.ensinobasico.com; www.sitiodosmiudos.com”
Paula Alcobia, Centro de Estudos XPTO em S. Marcos
“É fundamental que a criança tenha em casa um espaço com condições para o estudo, sem elementos potenciadores de distração. Muitas vezes são os próprios pais a distrair os filhos com a TV, música alta, ou agitação das tarefas domésticas. É necessário também responsabilizar as crianças pelas suas funções: tornar o TPC uma tarefa diária é dar-lhe normalidade e a criança já sabe que quando chega a casa tem de passar algum tempo à fazê-la. App recomendada: ‘ABC das Palavras’.”
Gonçalo Rosário, Academia do Parque em Oeiras
“Ajude-os a definir a que TPC devem dar prioridade, tendo em conta as disciplinas do dia seguinte.
É também importante que os pais tenham noção de que passam involuntariamente para os filhos uma velocidade e um método de raciocínio, no momento de ajuda nos TPC, que as crianças não têm. Cada criança tem um ritmo próprio, ao mesmo tempo que está a procurar formar o seu próprio método de pensamento. Não respeitar essa velocidade é caminho certo para o conflito, subsequente gritaria e concludente desfecho do petiz com um ‘não quero saber dos TPC!’ Site recomendado: www.quadroegiz.com.”
Ricardo Gil, Miudus Cultus, Loulé
“É importante criar a ideia de um jogo à volta dos exercícios e torná-la um hábito, mesmo quando não há TPC. Aí pode ler-se os cadernos escolares. Sempre que possível: rever e corrigir. Qualquer um de nós gosta de ver o nosso trabalho reconhecido e com os nossos filhos é igual. Evitar fortes críticas e tentar ver pela positiva o esforço, reduzindo a importância (apesar de necessária referência) dos erros. Bons hábitos de resolução dos TPC irão resultar em maior sucesso, mais autoestima e interesse pela aprendizagem.”
Pedro Ribeiro, Pi R ao Quadrado, Lisboa