SIGA uma rotina clara. E tenha poucas regras e bem explicadas, é o primeiro conselho do clássico ‘What to Expect: The Toddler Years’ [Arlene Eisenberg]. Os hiperativos concentram-se com dificuldade e têm pouco tempo de antena, por isso aproveite-o bem: seja clara e consistente.
• EXPLIQUE as mudanças com antecedência. Se vão passear a qualquer lado, explique-lhe em poucas palavras o que vai acontecer. E evite viagens stressantes e encaloradas.
• AFIXE as regras. Os hiperativos são visuais, lidam melhor com qualquer coisa que possam ver. Em vez de lhe estar sempre a dizer “ó Manel, por amor de Deus, já te disse isso vezes sem conta!”, afixe as suas regras de família num placard onde se possam ver bem. Claro, convém não serem 67 regras, ou ele não se fixará em nenhuma…
• DÊ-LHE atenção. Muitas vezes, aquilo a que chamamos hiperatividade é falta de atenção dos pais. Já dizia o Dr. Phil que é bastante mais prático pô-los no psicólogo do que ir jogar à bola com eles… Por isso, aproveite as férias para passear em família, ler um livro a dois ou fazer coisas parvas e divertidas em conjunto. Aprenda a conhecê-lo, aprenda a não esperar sempre o pior, e pode encontrar uma criança mais calma…
• DÊ-LHE exercício. É essencial a quem tem pilhas que duram, e duram… Os hiperativos funcionam melhor em atividades que requerem ação em vez daquelas em que passam muito tempo sentados (como os jogos de computador). Jogue à bola com ele, faça uma batalha de almofadas, ensine-o a saltar à corda. Se já não tiver fôlego, compre-lhe um trampolim. É o melhor investimento que pode fazer nestas férias.
• NÃO PASSE sermões. Eles desligam com facilidade. Com estas crianças, os castigos habituais tendem a ser contraproducentes, porque elas enervam-se se ficarem muito tempo num canto, por exemplo. Além disso, lidam mal com abstrações. Pode ser mais efetivo um tipo de técnica usada pela professora e escritora Torey Hayden, especialista em crianças difíceis: pintou dois semáforos de cartão, um verde e outro vermelho, que eram mostrados às crianças consoante o comportamento. Quem passasse um dia inteiro só a ‘verdes’, tinha privilégios.
• APANHE-O a portar-se bem. Os hiperativos são geralmente ‘notados’ por más razões. Dê muita atenção quando se portam bem e ignore-os (discipline-os adequadamente e pronto) quando se portam mal.
• CONTROLE a ‘bomba-relógio’. O mais caótico pode ser quando eles brincam com outras crianças. Se está no meio daquelas brigas clássicas do tipo ‘ele não me deixa andar no baloiço!’, use um temporizador, o alarme do seu telemóvel ou até um relógio de cozinha como ‘árbitro’: marque cinco minutos até o relógio tocar. Depois, quem anda no baloiço dá lugar ao outro.
• RECRUTE ajuda. Um hiperativo é dose dupla: não é tarefa para uma pessoa só. Por isso, antes das férias, reúna-se com o seu marido (com a sua mãe, com os seus outros filhos) e decidam logo quem pode fazer o quê. Não vá de férias sozinha com uma criança hiperativa, ou arrisca-se a acabar estoirada: o que não é bom nem para si nem para ela.
• MANTENHA a medicação. Se ele está a tomar algum tipo de medicação, não a suspenda sem ordem expressa do médico.
• NÃO ABANDONE o resto da família. Um hiperativo é muito absorvente: cuidado para não deixar ‘órfãos’ os outros elementos da família: marido, irmãos, cão… Os hiperativos também têm de perceber que o mundo não gira à volta deles.
• PLANEIE. É a palavra-chave quando se passa férias com um hiperativo. Não deixe tempos mortos por planear, porque rapidamente podem resultar em descontrolo.