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Quando pensamos em primavera, o que nos vem à cabeça? As cores e o aroma dos campos em flor, o som dos pássaros a chilrear, o calor dos raios do sol no rosto e uma vontade imensa de fazer algo diferente na nossa vida, que celebre este tempo de mudança em que a Natureza se reinventa e renasce depois do cinzento inverno. Com as nossas testemunhas aconteceu algo semelhante. Depois de anos em que o inverno pareceu ensombrar as suas vidas, conseguiram encontrar dentro de si a força e a energia que despertaram o sol primaveril. É tempo de renascer.

Maria João Espadinha
38 anos, jornalista


Quem a conhece sabe bem como Maria João é pragmática e que para ela não há obstáculos intransponíveis. Numa altura difícil da vida tomou uma decisão nada fácil, mas que lhe trouxe muitas alegrias. Hoje sente-se uma nova mulher, com uma imensidão de possibilidades ao seu alcance. Mas voltemos a 2014, ano em que tudo aconteceu. A sua relação de 4 anos tinha terminado, e em plena crise económica o trabalho como jornalista freelancer era incerto e impedia-a de saber que dinheiro iria receber no final do mês. Esta instabilidade financeira, a juntar-se à tristeza do fim do casamento, levou-a a decidir que só tinha duas opções: “Ou voltava para casa da minha mãe ou tentava algo que nunca tinha feito.” O seu espírito aguerrido optou pela segunda hipótese. Ligou para uma das suas melhores amigas, que vivia em Londres, e perguntou se poderia ficar com ela até organizar a sua vida pela capital britânica. “A Fábia disse logo que sim, sem reservas nem questões. Sou uma pessoa impulsiva, e quando decido algo não tenho tempo a perder, por isso comprei um bilhete só de ida para Londres daí a três semanas. Organizei as minhas coisas, falei com a família e os amigos mais próximos, ouvi recomendações e críticas… Mas não havia volta a dar. Estava determinada a fazer do meu futuro algo melhor. Pus em duas malas tudo o que coube (não foi muito!) e parti à aventura. Mandei currículos ainda de Lisboa e quando cheguei comecei logo a marcar entrevistas. E o que parecia impossível aconteceu: em três semanas arranjei trabalho na minha área.”

Lidar com as saudades
A 1 de setembro começou no seu novo trabalho. “O salário não era fantástico para os níveis de Londres, mas permitia-me começar a trilhar a minha carreira. Encontrar um quarto minimamente aceitável e a um preço que não fosse uma fortuna é que não foi tão fácil. O primeiro ano foi um pouco difícil – tive saudades de pessoas, de cheiros, de comida… Ainda me lembro de uma altura em que ouvia fado (Mariza) e chorava. Os primeiros voos de volta a Lisboa acabam sempre com uma lágrima no canto do olho por voltar a casa. Como a minha amiga Fábia diz, Londres pode engolir-te. É superimportante ter amigos com quem sair, passear, ou apenas falar enquanto se bebe uma pint num pub. Eu tive a sorte de ter uma rede de apoio fantástica. Com o passar dos meses, acabei por fazer mais amigos e fiquei bastante próxima da Leonor, uma rapariga portuguesa que namorava com um dos meus companheiros de casa – uma experiência nem sempre tão fantástica, com 5 pessoas a dividir uma casa com um quarto de banho só… Hoje vivemos só as duas, com os dois periquitos dela e a minha gata Miley.”
Um sonho concretizado
Um ano passou e em 2015 mudou para um emprego mais desafiante. É nessa altura que conhece a sua nova chefe: Venilia, uma portuguesa que vive em Londres há 20 anos e que foi para Maria João uma lufada de ar fresco, “foi das melhores líderes que tive em toda a minha vida profissional, ensinou-me imenso”. Mas a cereja no topo do bolo ainda estava para vir. Se alguém lhe perguntasse qual seria o seu emprego de sonho, a resposta não se faria esperar: trabalhar no ‘Financial Times’. “Óbvio, fui jornalista de economia a minha vida inteira! Mas sempre pensei que era impossível!” Em 2016, a publicação onde trabalhava foi vendida a outra empresa e Maria não gostou da mudança, por isso decidiu que estava na altura de voar outra vez. “Soube então que havia uma vaga para uma publicação do grupo do FT e concorri, sem grandes esperanças. Fui chamada para uma entrevista, que correu pessimamente (pensava eu) e não pensei mais nesse assunto.” Mas, surpresa das surpresas, recebeu um telefonema a oferecer-lhe emprego no FT. “Estou a adorar o que faço. Vejo o meu trabalho reconhecido regularmente e já ganhei dois prestigiados prémios da indústria financeira. Se quero voltar para Portugal? Esta experiência ensinou-me alguma coisa, que não sei o dia de amanhã. Costumo responder que sim, mas quando me reformar! Por agora é aqui o meu lugar.”

Helena T.
56 anos, professora


“Há males que vêm por bem”, é o que Helena diz quando lhe peço para contar a sua história de vida. Tinha 52 anos quando recebeu a notícia que nenhuma mulher quer alguma vez ouvir: a sua médica a dizer-lhe que tinha cancro de mama. Foi um marco negativo na sua vida, mas que, apesar de todo o sofrimento e muita ansiedade que causou, lhe deu força suficiente para dar uma volta de 180º à sua vida e reclamar a felicidade há muito perdida. “Estava a regressar da escola e ia para casa quando recebo uma chamada da minha ginecologista. Como estava a conduzir, não atendi mas foi o suficiente para me pôr a pensar. Tinha feito uma mamografia uns dias antes e pensei logo que poderia ter a ver com isso. Quando cheguei a casa, como o meu marido estava na sala a ver televisão, fui para o quarto ligar para a clínica. Puseram-me logo em contacto com a minha médica, que me disse para ir ter com ela assim que pudesse para fazer mais exames, porque a mamografia mostrava um nódulo, mas que não me preocupasse porque podia não ser nada. Fiquei com o coração aos pulos, mas lá me recompus e fui fazer o jantar. Estava à mesa com o meu marido quando decido contar-lhe. Vamos lá ver, é verdade que a minha relação com ele há muito que estava moribunda, mas estava à espera que mostrasse preocupação. As únicas palavras que proferiu foi ‘Ai é? Precisas que vá contigo?’. Estávamos casados há 15 anos mas a relação foi morrendo e acomodámo-nos, na altura pareceu-me melhor que a solidão.”

À procura da força interior
Fez os diferentes exames e o diagnóstico foi confirmado: carcinoma ductal invasivo. “O dia que soube que tinha cancro estava com ele na consulta. Tinha-lhe pedido para ir comigo e a médica ficou contente com a sua presença. Disse-lhe que seria um pilar importante na minha recuperação, porque haveria dias em que eu iria precisar da força dele. Lembro-me de procurar a mão dele para me confortar, mas não houve palavra ou gesto de afeto. No caminho para casa, só pensava como iria dizer ao meu pai e como era um alívio não ter filhos, para não lhes ter de dar aquela notícia.” Mas o silêncio e a indiferença do marido incomodavam-na cada vez mais. “Ele sempre foi um homem de poucas palavras, mas agora isso mexia comigo. Eu precisava de estar tranquila, focar-me na recuperação e ali estava ele e a sua indiferença. Fui criando alguma intolerância, tudo me irritava e acho que foi durante o tempo que estive sob anestesia, na cirurgia de remoção do tumor, que devo ter tomado essa decisão porque acordei a pensar ‘chega!’. Esperei uns dias para recuperar forças mas depois disse-lhe, com toda a calma que consegui, que era melhor que fôssemos cada um à sua vida. Ele não reagiu da melhor maneira, mas ao fim de dois meses saiu da casa onde vivíamos (que é dos meus pais). Segui com a minha vida e com os tratamentos e, apesar de todo o sofrimento que causaram, estou orgulhosa porque consegui ter a força necessária para dar a volta à minha vida. Reatei laços de amizade, fiz amigos novos, recebi o carinho dos meus alunos e dos meus colegas. E sobretudo vi que a força do amor entre pai e filha é realmente indestrutível. Tinha muito medo que, com a idade dele, a notícia da minha doença o deitasse abaixo, mas revelou-se uma pessoa incrível, foi ele que mais um vez cuidou de mim, foi a minha companhia nas horas boas e menos boas, fazia-me o almoço e o jantar, teve paciência e calma quando a mim me faltavam. Já lá vão quase 5 anos e desde então já viajámos juntos, rimos juntos… Hoje sou uma nova mulher, mais feliz e com mais garra e acho que até melhor professora. Nas poucas vezes que olho para trás, o que me entristece é o tempo que perdi num relacionamento sem amor, mas não perco tempo a lamentar-me, sinto que sou uma mulher de sorte.”

Catarina Santos
25 anos, ajudante de cozinha


Durante anos teve o sonho de ser modelo, de pertencer ao mundo da moda. Lutou, passou fome, ouviu muitos não, alguns sim, críticas, umas vezes boas, outras más, chorou, ficou doente… e nesse momento decidiu que o seu sonho lhe estava a tornar a vida num inferno e que o melhor seria deixá-lo para trás. Foi o melhor que fez, disse-nos, “era tão obcecada em ser modelo que isso levou a que não vivesse outras experiências. Andamos uma vida inteira a ouvir que devemos lutar pelos nossos sonhos, e isso é bom, mas quando eles se tornam uma obsessão e não tens qualquer prazer no processo para o concretizar, se calhar o melhor mesmo é partir para outra. Foi isso que eu fiz, e ainda bem.”

Sonho e realidade
Os primeiros anos de vida de Catarina foram ao cuidado da avó materna. Os pais estavam a trabalhar em França e só quando já tinha cinco anos é que conseguiram alguma estabilidade para a terem com eles. Trabalhavam muito, e às vezes, à noite, era a filha adolescente dos vizinhos que tomava conta dela. Ela adorava estes momentos, em que brincavam aos modelos. Não sabe se foi isso que a fez sonhar com o mundo da moda, mas a verdade é que cresceu a pensar que um dia ia desfilar numa passerelle a sério. “Aos 16 anos inscrevi-me numa agência. Falei com os meus pais, que não acharam graça nenhuma mas aceitaram a minha decisão, desde que não prejudicasse a escola. Logo nos primeiros tempos, as pessoas da agência disseram-me que tinha demasiada anca. Alguns trabalhos iam surgindo mas nada de grande monta, e estavam sempre a dizer ‘menos 5kg’, mesmo que já tivesse perdido 5kg, e eu era magra. Nos castings, por vezes diziam que tinha demasiadas curvas, que não era o que pretendiam, e na minha cabeça eu já ouvia ‘perder peso, perder peso’. Muita fome passei, logo eu que adoro comer.”

Finalmente em paz
Um dia quase perdeu os sentidos. “Os meus pais começaram a desconfiar que algo estava mal. Até aos 19 andei obcecada com o objetivo dos grandes desfiles, mas apenas conseguia trabalhos pequenos. Aos poucos fui perdendo o entusiasmo, comecei a comer o que me apetecia e, claro, os quilos vinham por arrasto. Voltei a fazer dieta, mas nesta altura já nada me dava prazer, chorava muito, nada me interessava e comecei a não querer sair de casa. Acho que atingi o meu ponto de saturação.” Os pais de Catarina, preocupados, convencem-na a procurar ajuda num psicólogo. “Durante mais de dois anos fiz terapia e não foi fácil fazer-me ver que o meu sonho estava a deixar-me doente. Quis tirar um tempo para repensar a vida e decidi voltar para Portugal e viver com a minha avó. Foi a coisa melhor que fiz. Que saudades eu tinha dos seus cozinhados, foi uma espécie de ano sabático dedicado aos prazeres gastronómicos. Redescobri o prazer da vida, uma outra paixão. A cozinha foi ao mesmo tempo uma fuga e uma terapia. Trabalho num restaurante e talvez um dia tenha um só meu. A moda foi um sonho de criança que teve o seu tempo, fiz as pazes com ele e enterrei-o.”

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