1 – Até os terapeutas têm dificuldades nos próprios casamentos
Por mais que nos informemos acerca do funcionamento de uma relação, o conflito ocasional é praticamente inevitável. O site Business Insider falou com quatro casais, todos terapeutas, e descobriu que todos tinham histórias conflituosas para contar. A solução? Manter-se curiosos. Nomeadamente, no que toca aos motivos do outro – quando há problemas, é essencial ter interesse em ouvir o outro, quer seja os motivos que o levaram a fazer algo ou os motivos que o fizeram irritar-se com determinada atitude.
2 – Trabalhar muito longe de casa pode afetar a relação
Eli Finkel, psicólogo, disse ao mesmo site que “é muito difícil ter um casamento produtivo e feliz quando as circunstâncias de vida são tão stressantes e quando o dia-a-dia da pessoa inclui, digamos, três ou quatro viagens de autocarro para chegar ao trabalho“.
3 – Nem sempre seremos compatíveis com o nosso parceiro
A pessoa por quem nos apaixonámos e com quem acreditamos ser compatíveis pode não o ser para sempre. De acordo com o psicólogo citado acima, “mesmo se atingirmos compatibilidade no casamento, não há garantias de que este se manterá forte ao longo do tempo“. A questão é se pretendemos fazer a relação resultar independentemente do quanto nós (ou o nosso parceiro) mudamos. E isso é uma decisão bastante pessoal.
4 – A maioria das pessoas tem expectativas (sobretudo sexuais) irrealistas para a própria relação
A terapeuta sexual Ruth Westheimer, que iniciou a carreira em 1980, com o programa de rádio Sexually Speaking, disse ao Business Insider “Hollywood e todos os filmes dizem-nos que as estrelas têm de brilhar todas as noites. E essa não é a realidade da vida“. Além disso, Ruth afirma que demasiadas pessoas esperam ter orgasmos múltiplos ou que “um homem consegue ter uma ereção como se vê em vídeos sexuais explícitos“. E estas são algumas das razões pelas quais estar informado e comunicar com o parceiro é tão importante.
5 – Por vezes, sentir-nos-emos miseráveis na relação
No livro The Real Thing, Ellen McCarthy cita a especialista em casamentos Diane Sollee, abordando a sua perspetiva acerca das expectativas que as pessoas têm nas relações. “[Sollee] quer que os casais que se preparam para casar saibam – verdadeiramente – que vai ser difícil. Que vão haver momentos em que um ou ambos não conseguirão suportar-se. Vão-se aborrecer, ficar frustrados, zangados e, muitas vezes, ressentidos. E ela quer também que saibamos que tudo isso é normal“.
6 – Quando os membros do casal têm valores diferentes, é muito difícil fazer resultar a relação
Aqui, é importante não confundir valores com interesses. Gostar de sair à noite e o parceiro nem tanto, é uma questão de interesse ou gosto e facilmente se contorna a situação. No que toca a valores, por exemplo, quando uma das pessoas acredita que se deve aproveitar a vida sem olhar a gastos e a outra prefere poupar ao máximo, os obstáculos podem ser mais difíceis de superar.
“Se têm personalidades divergentes e ideias diferentes do que é certo ou errado e o que queremos ou não fazer certo logo ao início, bem, não vai melhorar. Apenas vai piorar“, disse um homem de 80 anos, em conversa com Karl Pillemer, para o seu livro 30 Lessons for Loving, publicado em 2015.
7 – A paixão vai desaparecendo com o passar do tempo
As borboletas no estômago vão desaparecendo. E a melhor forma de lidar com isso é não se preocupar em demasia. É um processo normal, cheio de altos e baixos. Uma das estratégias pode passar pelo planeamento das relações sexuais ou mesmo por partilhar experiências diferentes a dois. E, acima de tudo, ser muito paciente.
8 – A maior parte das pessoas não é tão tolerante a relações interraciais como diz
Dados do site de relacionamentos OKCupid chegaram a sugerir que as atitudes das pessoas no que toca a relacionamentos interraciais podem diferir muito. Em 2009, homens asiáticos inscritos no site classificaram mulheres negras, em média, 16% menos atraentes que as caucasianas. Em 2014, a percentagem subiu para os 20%.
9 – É possível terminar uma relação quando ainda há amor (mas não é a altura certa)
Não é mito! A jornalista Jenna Birch chegou a explicar o quão importante é o timing de uma relação. Exemplo disso, diz, é o facto de muitos homens preferirem estabilizar a vida profissional e financeira antes de apostar num relacionamento sério, enquanto que as mulheres conseguem manter uma relação e apostar, em simultâneo, na carreira. Birch diz que devemos levar a sério quando alguém nos diz que não está “pronto” para uma relação – significa que não estão com as prioridades alinhadas e, mesmo que haja amor, dificilmente resultará naquele momento.
10 – Há menos probabilidade de um casal se separar quando tem um animal doméstico ou conta bancária conjunta
São as chamadas “restrições materiais“, de acordo com alguns psicólogos. Segundo um estudo de 2011, com homens e mulheres solteiros em relações heterossexuais, adicionar estas restrições está associado a um aumento de 10% das possibilidades de o casal se manter junto.
11 – Provavelmente não existe “o tal” (ou “a tal”)
De acordo com a terapeuta de casais Esther Perel: “Há um ‘tal’ que nós escolhemos e com quem decidimos construir algo. Mas, na minha opinião, também poderiam haver outros – simplesmente, nós escolhemos aquele”. E, a partir desse momento, a relação implica um trabalho mútuo.
12 – Sentimo-nos frequentemente atraídos por pessoas que mais tarde nos vão enlouquecer
As pesquisas de Gretchen Rubin para o livro The Four Tendencies revelaram algo curioso: Por norma, as pessoas que tinha caracterizado como rebeldes estavam em relações com alguém que considerava subordinados ou obedientes. De acordo com a autora, sabe bem ter alguém que nos surpreende e desafia – por ser tão diferente – mas, a longo prazo, podem surgir conflitos. Embora, claro, seja possível manter a felicidade na relação.