Caitlyn Jenner quebrou finalmente o silêncio sobre o acidente de viação em que esteve envolvida e que resultou na morte de uma mulher. Numa entrevista com Matt Lauer, no programa de televisão Today, Jenner assumiu que não pode falar muito sobre o acidente em que está envolvida, mas revelou que está assustada com a ideia de ser enviada para uma prisão masculina de Los Angeles, acusada de homicídio involuntário.
Durante a conversa, a madrasta de Kim Kardashian admitiu que o trauma causado pelo acidente de automóvel é algo que nunca a abandona e foi firme quando disse que, na altura do acidente, circulava a 50 km/h.
Os peritos estão agora a averiguar qual o papel de Cait durante o acidente que matou Kim Howe, 69 anos. “Uma tragédia como esta, é algo que nós nunca ultrapassamos. Apenas aprendemos a viver com isso da melhor maneira possível”, disse.
Sobre uma possível pena de prisão, referiu: “Esse é o pior cenário possível. Não sei. Vamos ver. A prisão masculina. É um problema enorme colocar um transexual numa prisão masculina.”
A ex-mulher de Kris Jenner já está a ser processada por membros da família de Howe, assim como o condutor do carro envolvido no acidente.
Jenner assumiu ainda que não tem saudades de ser homem, que se sente uma sortuda por ter tido a oportunidade de viver a vida nos dois géneros e que todas as pessoas deviam ter o direito a viver essa experiência. “Penso na minha vida e onde estou neste precioso momento. Que experiência fantástica. Raramente as pessoas vivem isto”.
A estrela do reality show ‘I Am Cait’ falou ainda do facto de muitas máscaras de Halloween estarem a ser vendidas com base na roupa que esta usou na famosa capa da Vanity Fair. “Alinho na piada. Não acho que seja de todo ofensivo. Temos de aproveitar a vida, ela é muito curta para nos preocuparmos com este tipo de coisas.”
Cait ainda fez questão de falar da controvérsia que se gerou em torno dela sobre o facto de ter recebido o prémio ‘Coragem’, na cerimónia ESPY Awards. “Não pedi nada, eles deram-me o prémio. Se tive coragem para me expor? Absolutamente. Se tive um enorme respeito pelo Arthur Ashe e pelo prémio que recebi? Absolutamente. Estou muito honrada por me terem entregue o prémio, não só por mim mas por toda a comunidade LGBT”.
Para terminar, Caitlyn Jenner deixa o seu testemunho: “Não há nada melhor na vida do que acordar de manhã, olhar-me ao espelho e sentir-me confortável comigo mesma e com quem eu sou”.