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Lembre-se: vai ter de viver com eles toda a vida. Interessa-lhe criar gente civilizada. Para isso…

Tenha uma vida pessoal
Não transforme a criança na sua razão de viver nem numa compensação pela falta de outros amores. Não os torne seus confidentes ou substitutos de outro tipo de afectos que eles não podem, nem devem, dar.

Como pode estragar-lhe a vida: Muitas vezes os filhos são uma boa desculpa para não tirarmos o máximo partido da nossa vida, que exige trabalho e coragem.

O que pode fazer: Pode decidir ficar no sofá a ver a telenovela, mas não deite as culpas para cima dos seus pequenos.

Mantenha os seus interesses
É importante que a sua identidade não seja só a de ‘mãe’. Arranje outros interesses ou mantenha os que já tinha antes de ser mãe. Dedique-se ao voluntariado, ao step, à dança do ventre, participe em tertúlias de amigos, faça parte do coro da igreja… enfim, o que quer que seja que lhe faça sentir que é útil aos outros e a faz sentir bem consigo própria.

Como pode estragar-lhe a vida: Pode viver tanto em função deles que começa a achar que eles têm de lhe ‘retribuir’ e contar tudo, tipo telenovela.


O que pode fazer: Tenha coisas que os seus filhos não sabem sobre si. Tenha os seus próprios amigos e saia com eles de vez em quando, sem as crianças atreladas. Não há tempo? Há sempre tempo para o que é essencial. O problema é que, a certa altura, começamos a achar que os amigos não são essenciais. Pode ser o maior erro da nossa vida.

Não se sacrifique por eles
A não ser que seja uma questão de sobrevivência ou que valha mesmo apena. Um sacrifício é um peso que atiramos para os ombros de outra pessoa, principalmente quando ela não o pediu.


Como pode estragar-lhe a vida: Mesmo que se tenha feito a coisa abnegadamente e sem esperar nada em troca, é muito difícil no futuro fugir àquela cena do:’Eu sacrifiquei-me por ti estes anos todos e assim que tu me pagas?’


O que pode fazer: Lembre-se: para si própria, você tem de ser mais importante do que os seus filhos, do que os seus pais, do que o seu marido.

Invista na sua relação
Se for separada, o melhor que pode fazer pelas crianças é arranjar um namorado. Se for casada, não deixe que a relação com a criança se s[SM1] obreponha relação com o seu marido.


Como pode estragar-lhe a vida: Chegar aos 50 anos e descobrir que as crianças não lhe ligam nenhuma e que por causa delas passou a vida inteira sem ninguém.


O que pode fazer: Claro que se é do estilo de andar a mudar de príncipe como quem salta de nenúfar em nenúfar não convém apresentá-lo imediatamente aos seus rebentos, mas pelo menos não vive a achar que se ‘sacrificou’ por causa deles. Os filhos precisam de uma mãe amada com outro tipo de amor que não o deles.

Dê-lhes limites
Não crie um ditador, porque vai ter de viver com essa pessoa imenso tempo. Mais do que educá-lo para ser um génio, é importante criar alguém com quem seja bom viver.


Como pode estragar-lhe a vida: Ter alguém dentro de casa a dar-nos ordens a torto e a direito e a achar que tudo lhe é devido é pior que dormir com o inimigo.


O que pode fazer: Se lhe calhou um autoritário na rifa, não entre na onda: afinal, o ‘presidente da junta’ é você. Não ature crianças malcriadas… nem a sua. Não responda a ordens nem a más maneiras: peça-lhe para repetir de forma delicada e explique-lhe que as pessoas não gostam de ser tratadas com maus modos. Se precisar de lhe chamar a atenção em frente de outros, diga-lhe ao ouvido.


Muito importante: não viva para ele,viva com ele: se o habituar à ideia de que a mãe vive para ele, ele há-de ficar a achar que o resto do mundo está às suas ordens.

Seja a mãe que gostaria de ter tido
Claro que isto pode ser uma armadilha, pois o sonho de lhe dar a infância perfeita que nós não tivemos nem sempre resulta. Mas a ideia é esta: trate-o como gostava que a tivessem tratado a si. É sempre útil ter boa memória, nem que seja para pensar que na idade dele você,se calhar, também pensava assim.


Como pode estragar-lhe a vida: Se os educarem pequeninos só com base na ordem e no autoritarismo, o ressentimento deles arrisca-se a explodir-lhe na cara quando forem adolescentes. Se for autoritária com eles, não se admire que eles sejam trombudos e autoritários de volta.


O que pode fazer: Seja simpática. Claro que ser simpática não é deixá-los fazer tudo quanto querem. Com a idade, eles começam a trazer ideias de fora e a fazer experiências, mas uma boa altura para explicar que desse modo não é a melhor maneira de resolver as coisas. Há quem aconselhe a tratar os filhos como visitas: perguntar-lhes a opinião e ouvir o que pensam, pedir por favor e obrigado, pedir desculpa se for caso disso, não criticar aquilo que não se pode mudar (traços de temperamento, como a timidez, por exemplo) e não se curvar a tudo o que eles querem.

Não stresse com as birras
Perceba que as crianças são pequenas e fracas (mesmo que algumas pareçam ter nascido com o software do Génio do Mal incorporado) e fazem experiências sobre a melhor forma de obterem o que querem. Tendo em conta como são fracas e como estão entre nós há tão pouco tempo, é absolutamente admirável que a maioria das suas tentativas sejam tão eficazes…


Como pode estragar-lhe a vida: Toda a gente sabe: se ceder uma vez, a próxima birra vai ser muito mais forte.


O que pode fazer: Cinco coisas ajudam: não ceder, não ter pena dele, não tentar raciocinar com ele a meio da tempestade, não levar a coisa a peito e não reagir ao nível deles.

Não o deixe interferir na sua vida amorosa
Não faça como a Nicole Kidman, que obrigava cada pretendente a obter primeiro a aprovação dos filhos, Connor e Isabella. Francamente! Estão a imaginar o Tom Cruise a aparecer às crianças e a dizer:’Olhem, meninos, tenho aqui uma moça que quero que vocês aprovem antes de saber se a convido para caçar extraterrestres ou não’?


Como pode estragar a sua vida: Eles começam a achar que têm direitos sobre si.


O que pode fazer: Não lhes dar justificações. O candidato a namorado é seu e não deles. Se eles aprovarem, excelente. Se não aprovarem, paciência, ó que chatice, tem imensa pena mas a escolha é sua.

Racione os chocolates
Em pequeninos, eles vivem perfeitamente sem açúcar. Somos nós que os encharcamos de pães com chocolate e leite com açúcar com o pretexto de que ‘comem melhor’. Pois comem. Mas interessa-lhe que ‘comam melhor’ uma data de porcarias? Além disso, a maioria das crianças não vai gastar as calorias que come. A maioria delas o mais activo que faz é mexer o rato, e mesmo que se desunhem a jogar futebol irão ficar com vícios de boca para o resto da vida. A educação alimentar dá um bocadinho de trabalho mas compensa.


Como pode estragar-lhe a vida: Chegar aos 10 anos com uma criança gorda, incapaz de levantar o rabo do sofá e despregar os olhos da consola, com uma relação conflituosa com o próprio corpo e muita dificuldade em mudar este estado de coisas.


O que pode fazer: Mude de hábitos suavemente. Não proíba os doces, mas controle: só depois do jantar, por exemplo. Mesmo que ele se farte de comer porcarias no bar da escola, em casa pode compensar com legumes, sopa e fruta. E inscreva-o na natação.

Não lhes dê tudo
A missão de uma mãe é dar amor, não é dar consolas. Fomos todos subtilmente (e somos todos os dias) condicionados pela ideia de que dar amor a uma criança é dar-lhe o último modelo de Playstation, mas desactive esse pensamento. Perceba que estamos a ser ‘pensadas’ pela sociedade consumista que quer que se pense assim. Se as suas crianças s se recordarem de si por aquilo que lhes deu, é mau sinal.
Como pode estragar-lhe a vida: Se começar a ceder, ele irá pedir mais e mais, porque está no seu papel. Lembre-se de que ele tem o direito de pedir, você tem o direito de dizer não, e ele tem o direito de fazer uma birra em pleno hipermercado. É melhor aturar umas birras monumentais enquanto ele é pequeno do que tê-lo a achar que tudo lhe é devido, que tudo lhe cai do céu, e que não pode ser feliz sem isto ou aquilo.
O que pode fazer: Educá-lo para perceber de onde vem o dinheiro e treinar-lhe a auto-estima, que não deve depender do que uma criança tem, mas do que é. Faça a experiência com a sua infância: o que é que recorda da sua mãe? A boneca que lhe deram ou os dias divertidos que passaram juntas, os beijos, as conversas?

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