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Luís Coelho

RITA SOARES, 30, E MARIANA DELGADO, 31 | CANTÊ (2011)

As filas à porta da loja (e do site!) são a prova do sucesso do fenómeno Cantê. Mariana e Rita deixaram as linhas da arquitetura para se dedicarem ao design de peças que esculpem o corpo feminino. Ninguém acreditava que podia resultar, mas as duas sabiam bem o que queriam e o resultado está à vista.
Hoje, a marca conta com uma equipa de 12 pessoas, é um êxito de vendas e tem uma legião de fãs. À data de fecho desta edição, 24 modelos dos biquínis à venda em cantelisboa.com já se encontravam esgotados.
Como surgiu a ideia de criar a Cantê?
Foi numa viagem ao Brasil, em 2009, logo após termos acabado o curso de arquitetura. Foi então que percebemos que não existia uma marca portuguesa de biquínis com uma identidade tão forte como a das brasileiras. Ao início, os nossos pais acharam que era um disparate, por ser um produto sazonal. Mas nós acreditámos na ideia e começámos logo a trabalhar no lançamento da Cantê.

O que distingue a Cantê?
A alma da marca. O espírito e o lifestyle que projeta, seja nas fotografias, nos estampados ou no tema que escolhemos para cada coleção. O cuidado que temos com os pormenores faz com que cada peça seja especial. Até a loja é especial, não é só o produto em si.

Os vossos biquínis são para todos os tipos de corpo?
Sim, temos esse cuidado quando desenhamos. Nós próprias temos corpos muito diferentes e fazemos sempre muitas experiências. Nas nossas campanhas não são usadas, na maioria da vezes, modelos profissionais.

Quem são as clientes Cantê?
A maior fatia está entre os 17 e os 22 anos, são clientes que exteriorizam muito os gostos e são muito efusivas. São elas que fazem filas em frente à loja e têm uma voz muito ativa. Já tivemos clientes dispostas a pagar o dobro por um modelo que já tinha esgotado.

A vossa maior conquista…
A loja e o atelier no Chiado e ir à Indonésia fotografar esta campanha.

MARTA SANTOS, 30 | PAPUA (2012)

A Papua não surgiu de um acaso. Marta tinha terminado o curso de Gestão e Marketing quando decidiu que queria criar uma marca. Fez um estudo de mercado, percebeu que os biquínis podiam ser uma boa oportunidade de negócio e, juntamente com o namorado, Nuno Leitão, também sócio da marca, lançaram a Papua, com loja aberta na internet e no Espaço Entre Tanto, em Lisboa. Em pouco tempo os cortes diferentes e os padrões exóticos conquistaram não só as praias portuguesas como o resto do mundo. Com 50% de vendas online, a marca já conta com clientes de todo o mundo, dos Estados Unidos à Austrália. “É engraçado porque estes clientes gostam de interagir, fazem partilhas, ‘tagam’ a marca em fotos com biquíni e isso acaba por ser muito giro”, conta Marta

O que distingue a Papua?
Quisemos desde o início fazer algo diferente, preocupamo-nos em lançar tendências, inovar, não ir apenas atrás do que se estava a usar. Começámos por ter uma página no Facebook e nesse ano esgotámos tudo! De repente surgiu um grande buzz à volta da marca.

Como é trabalhar em dupla com um homem, ainda por cima namorado?
É ao mesmo tempo interessante e um bocadinho difícil, porque temos gostos parecidos em algumas coisas e muito diferentes em outras. Eu e o Nuno acabamos por fazer tudo em conjunto, até a parte criativa, o conceito da coleção, apesar de existirem tarefas em que cada um fica responsável – o Nuno trata mais da contabilidade e dos pagamentos, por exemplo. Mesmo em casa estamos sempre a falar sobre tudo e esta comunicação é muito importante. A empresa está sempre nas nossas cabeças.

A maior conquista…
Foi a abertura da nossa própria unidade de produção. A equipa está a crescer, neste momento temos sete costureiras, uma modelista, uma designer gráfica e uma estilista.

Qual o segredo para criar peças que fiquem bem em qualquer tipo de corpo?
Faz parte do nosso processo. Fazemos os protótipos e são logo experimentados em mulheres que vestem o S, M, L, XL. A partir daí fazemos os ajustes e só depois a peça é colocada em linha para produção. Temos sempre todos os detalhes em atenção, por exemplo as nossas partes de baixo têm sempre um corte brasileiro, o que torna o corpo mais esguio.

Quais os próximos objetivos?
Passa muito por apostar na internacionalização. Queremos abrir uma loja fora, talvez em Espanha.

INÊS, 30, E MARTA FONSECA, 28 | LATITID (2013)

A Latitid é a prova de que a união faz a força. A marca surgiu a três, as duas irmãs Inês e Marta juntaram-se à tia para criar uma marca de swimwear, assim que perceberam que Portugal estava limitado a marcas brasileiras.
Marta tinha o know how do curso de Design de Moda, Inês, a experiência em Gestão, e a tia é agente têxtil, uma conjugação que resultou numa marca repleta de atitude, que neste momento já vende para variadíssimas latitudes. “Todos os dias vendemos para fora do país. Ainda ontem vendemos para a Bélgica, mas sem dúvida que os nossos principais clientes estão em Espanha e Inglaterra.” Com uma loja no Espaço Embaixada, em Lisboa, as vendas online (latitid.com) estão em franco crescimento.

O que significa Latitid?
Latitid é a junção de latitude e atitude. Queríamos uma marca com um conceito diferente desde o início. Como cada coleção é inspirada numa cidade diferente, existe sempre uma latitude diferente. Ao mesmo tempo, a Latitid tem muita atitude, veio marcar a diferença e quis passar as tendências de ready to wear para os biquínis.

Como surgiu a ideia de criar a marca?
Tínhamos por hábito fazer os nossos fatos de banho e já recebíamos pedidos de muita gente. Foi assim que notámos que havia uma falha no mercado, ainda muito limitado a marcas brasileiras. Percebemos que com a internet podíamos chegar a todo o lado, por isso em 2013 unimos forças para criar a nossa própria marca.

Como é encontrar alguém na praia a usar uma peça Latitid?
Acho que nunca me vou esquecer do dia em que estávamos na praia da Comporta e olhámos para o lado e vimos alguém com um biquíni nosso. Foi muito engraçado! As nossas amigas contam que sempre que vão de férias para o estrangeiro têm imensas pessoas a perguntar qual é marca dos biquínis. Às vezes ficamos com pena de não levarmos uma mala de biquínis para vender quando viajamos.

Quais as tendências mais procuradas?
As pessoas querem peças diferentes e confortáveis, acima de tudo. Encontrámos uma lycra diferente, com um toque tipo camurça, que torna o biquíni mais confortável e suave e que até seca mais depressa.

Cuidados a ter com as peças…
Passar sempre por água depois de usar, nunca deixar de molho, secar em plano e nunca ao sol.

ERICA BETTENCOURT, 35 | BOHEMIAN SWIMWEAR (2013)

Surfista desde os 12 anos, Erica sempre foi uma fã de praia e, claro, de biquínis. Enquanto viajava para apanhar ondas nos quatro cantos do mundo percebeu que em Portugal faltava uma marca de biquínis realmente diferente. Meteu mãos à obra e foi para Inglaterra tirar um curso de moldes e costura para fazer nascer a Bohemian Swimwear. Para trás ficou a carreira como designer gráfica, mas Erica abraçou o projeto e dedica-se agora de corpo e alma à Bohemian, que poderá encontrar nas lojas Nude (Amoreiras), Porto BYS (Foz) e White and Voodoo (Cascais).

Tem saudades do design gráfico?
Já tinha deixado de trabalhar na área de design gráfico. Percebi que não tinha nada a ver com o meu lifestyle estar em frente a um computador. Por isso, tornei-me assistente de bordo da TAP, o que me permite viajar muito e ter muitas ideias, conhecer culturas diferentes e procurar muita inspiração para a minha marca.

Quais foram as grandes dificuldades em implementar a Bohemian?
O mundo da moda é muito fechado, muito dominado pelas mesmas pessoas. Eu não tinha conhecimento nenhum e não sabia como entrar no meio. Comecei por colaborar com a Maria Guedes, do blog Stylista, mostrei-lhe o que já tinha criado e ela também gostou da marca. Ao longo destes anos tenho sempre criado este tipo de colaborações, com a Jessica Athayde ou com a Vanessa Martins. Tive que ir à luta, ligar às pessoas e mostrar o meu trabalho. Depois a Bohemian começou a falar por si mesma. Ao princípio, desenhava, fazia moldes e costurava sozinha. A coleção, que começou com 14 modelos, conta este ano com 41 peças. Agora já tenho a minha própria equipa de costureiras.

Qual é o modelo mais vendido?
Este ano é o modelo Byron. Na parte de cima tem um corte mais subido e acho que esta vai ser a tendência nos próximos anos. As pessoas estão mais preocupadas com a pele e este modelo é ótimo para proteger o peito.

Quais os próximos objetivos ?
Passa pela internacionalização. Já temos distribuidores no Dubai e nos Estados Unidos, mas queremos muito expandir para Espanha e Inglaterra. Também quero muito criar uma linha de crianças, algo diferente dos fatos de banho com folhos, que respire o conceito da Bohemian e que possa ser usado por mãe e filha, por exemplo.

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