Amigas para Todas as Horas>” class=”wp-image-106189″/></figure><br></br>
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<p style=A amizade é uma só palavra, mas as nossas amigas são todas diferentes e têm todas um papel único na nossa vida.

A de Infância

Conheceu-nos quanto tínhamos totós, bibe de patos e medo de caniches. Aprendeu a tabuada (ou não a aprendeu…) ao mesmo tempo que nós. Vinte anos depois, somos pessoas completamente diferentes. Se a tivéssemos conhecido agora, nunca nos teríamos tornado amigas. Teríamos talvez embirrado imenso uma com a outra. Mas não podemos dar-lhe com os pés, como não podemos dar com os pés à nossa mãezinha, por muito que se embirre com ela, porque uma amiga de infância já graduou para pessoa de família.





A Conselheira

É o colo para onde se corre quando o ***** do Vasco decidiu fazer outra cena, ou quando os nossos pais não nos entendem, ou quando os nossos filhos decidiram tirar o dia para nos infernizar a paciência. É uma espécie de muro das lamentações: ouve, ouve, ouve. Às vezes diz-nos coisas que não gostamos de ouvir e que não admitiríamos a mais ninguém. Às vezes brincamos com ela e fazemos-lhe notar o quanto poupamos em psicólogos. Mas pensando bem, é melhor não falar muito nisso. É que, qualquer dia, ela pode começar a cobrar…





A Colega

Está ao nosso lado todos os dias a gritar contra a impressora e a dizer mal do chefe. Sabemos o nome e a idade dos filhos dela e a nota que tiveram no teste de matemática, e conhecemos todas as roupas dela e todos os pares de brincos, e sabemos qual é o seu prato preferido e a que é que ela é alérgica. Mas isso não quer dizer nada. Ou não quer dizer tudo. Se não estamos com ela também fora do trabalho, o mais natural é perdê-la assim que perdemos o trabalho.





A Agitadora

Pode ser super-irritante, mas toda a gente precisa de uma Agitadora na sua vida, alguém que atire a pedra ao charco de águas demasiado calmas, alguém que ponha em causa os nossos princípios, e nos faça perguntas idiotas, e se ria muito alto no café, e nos leve a sítios onde nunca tínhamos ido antes, e nos convença a vestir coisas que tínhamos jurado à nossa avozinha nunca sequer chegar perto (embora possamos chegar à conclusão de que a nossa avozinha, como sempre, tinha razão…) e nos faça sentir um bocadinho desconfortáveis.





A Recente

Acabámos de a conhecer. Há amizades que começam quase como amores à primeira vista: não sabemos exactamente por que é que nos apaixonámos por aquela pessoa, mas a verdade é que, embora ainda não saibamos qual é o cantor preferido dela e a que comida é que é alérgica, sentimos que, de uma qualquer misteriosa maneira, ela vai ser (já é) especial para nós.





A Melga

Aqui há um problema de desequilíbrio: ela acha que é nossa amiga, a gente limita-se a aturá-la. É triste mas é verdade. Telefona-nos quando estamos atulhadas em trabalho. Acorda-nos às 8 da manhã de domingo. Fica horas ao telemóvel a contar-nos as gracinhas dos filhos ou os seus dramas existenciais. Faz-nos sentir que somos amigas dela por pena, e isso não é amizade, é caridade, e sempre que estamos com ela pensamos que gostaríamos de estar com a Ana, ou com a Carla, ou com a Tita, e não temos tempo…





A Carente

É uma variante da Melga, com a diferença de que nos preocupamos genuinamente com ela e queremos genuinamente ajudar, só que muitas vezes não sabemos como. Ela vem chorar-nos no ombro porque o namorado a trocou por outra, o gato fugiu, o psicólogo disse que ela estava deprimida, e o cão foi atropelado na autoestrada, e nós nem temos ânimo para continuar a pensar, como até ali, que a nossa vida era um mar de desgraças…





A Cabra

Até hoje, não sabemos por que é que somos amigas dela. Ela trata mal o chefe, insulta a mãe, ralha aos filhos e sevicia o canário, e é no geral uma péssima pessoa (embora nunca para nós: isto é muito importante) e no entanto a gente continua a dar-se com ela. Talvez seja porque, lá no fundo, nos sentimos envaidecidas de uma pessoa que não gosta de ninguém gostar de nós… Ou porque achamos que ela precisa de nós e que podemos talvez torná-la melhor. Quando percebemos que não precisa e não podemos, já é demasiado tarde. Já não conseguimos dá-la para adopção.





A Distante

Fomos como irmãs durante anos mas um dia ela casou com um conde inglês e nunca mais ninguém a viu. Ou foi dar aulas para Cabo Verde. Ou estudar gorilas… na bruma. Não falamos com ela há que séculos. Não a vemos há ainda mais séculos. Encontramo-la às vezes, quando ela vem a casa no Natal. Mandamos um cartãozinho nos anos (geralmente com um dia de atraso). É uma espécie de amiga-fantasma. Mas sabemos que ela existe, e isso dá-nos segurança. Estes amigos espalhados pelo mundo formam uma espécie de cadeia de apoio invisível, como aquelas que nos mandam por mail e que nos prometem sorte eterna.





A Mãezinha

Vem buscar-nos ao domingo para passear, dá-nos jantar quando não tivemos tempo de ir ao supermercado, leva-nos ao cinema quando estamos em baixo, tenta convencer-nos de que um gigantesco gelado de chocolate não faz mal nenhum às nossas ancas (e geralmente consegue). É muito confortável estar com ela, podemos recostar-nos no banco do carro, olhar pela janela e tirar macacos do nariz como se tivéssemos cinco anos. Aliás, geralmente regredimos aos cinco anos na sua companhia.





A Amiga da Amiga

Sabem qual é, não sabem? São as amigas herdadas. As que vêm por arrasto. As filtradas por outras amigas. As amigas com rede. Há as que ficam também instantaneamente nossas amigas. As que ficam apenas nossas conhecidas. As que não tornamos a ver. E aquelas de quem somos amigas só para não criar atritos com a amiga comum.





A dos Miúdos

Gostamos dela, mas a principal razão por que estamos juntas são as crianças: dá muito jeito haver a Beatriz e a Mariana para brincarem com o Diogo e o Luisinho, enquanto as mães tiram uns minutos de descanso. É uma razão tão boa como outra qualquer.





A Farrista

É aquela a quem se telefona num sábado à noite quando a Conselheira já ressona, a Dos Miúdos está a tentar equilibrar um prato de canja numa das mãos e o livro dos Três Porquinhos na outra, e ligar à Melga obviamente nem pensar. A Farrista está sempre pronta para sair, num sábado à noite ou numa quarta-feira às 3 da manhã. É aquela com que se vai dançar até de madrugada, com quem se vai para os copos sem a sensação de que vai chamar-nos bêbedas ou contar tudo à nossa mãezinha ou dar-nos um sermão sobre a influência do álcool no aparelho reprodutor feminino. É verdade que não é para ela que corremos quando estamos tristes ou precisamos de um ombro, é verdade que no dia-a-dia é raríssimo pensarmos nela, é verdade que, depois da farra, nunca lhe telefonamos nem ela a nós. Mas é bom saber que ela existe.



A Muito Diferente

Ninguém percebe como é que conseguem ser amigas. Uma é beta, professora, casada e mãe de filhos. A outra é punk, solteira, com mau feitio e a estudar para tatuadora. Toda a gente acha que não têm nada a ver uma com a outra, mas a verdade é que há amizades que não se explicam mesmo.





A Muito Igual

São iguais em tudo, até fisicamente. Lêem os mesmos livros, votam no mesmo partido, pensam igual em tudo. É o tipo de amiga com quem falamos pelos cotovelos, e também aquela com quem podemos estar meia hora caladas, se nos apetecer. Nem sempre é a nossa melhor amiga, o que é engraçado.





A Dramática

É a mulher dos Grandes Momentos: só aparece quando há algum fogo a apagar, quando alguém morre ou está muito doente, quando o nosso namorado fugiu com outra. Tem dois lados: por um lado é aquela pessoa que, sempre que é preciso, lá está para nos oferecer o ombro. Como ombro, é imbatível. Mas inconscientemente, adora uma boa dramalheira e a sensação que lhe dá de ser indispensável.





A Optimista

Ao pé dela, a vida é bela. Rima e é verdade. É o tipo de pessoa que anda na rua pelo lado onde bate o sol, e que tem como missão na vida animar os outros. A sua superficialidade faz-nos falta, como de maneira estranha nos faz falta a profundidade da Dramática, com quem podemos fazer concursos de desgraças.









7 Amigas Tóxicas

– A Super-Mulher – Se ela faz trezentas mil coisas e é do tipo venham-todos-que-ainda-cabe-mais-um, arrisca-se a nunca ter tempo para si. Gente a mais e tempo a menos arruínam uma amizade, tal como arruínam um casamento.



A Controladora – O medo de perder os amigos faz com que exija que os outros lhe dêem conta de todos os passos. Não percebe que se torna sufocante e geralmente só consegue afastar as pessoas que tem mais medo de perder.



A Absorvida – Só fala nela própria, só pensa nela própria, e só actua consoante os seus interesses. Esta não precisa de amigas: largue-a já.



A Competitiva – Quando está com ela, sente que não está numa amizade, mas numa competição. Que nota tiveste no teste? De quanto foi o teu aumento? Que seca…



A Aproveitadora – Só a procura quando precisa de alguma coisa: dinheiro, informação, favores. É do tipo que, quando pede um livro emprestado, não devolve. Francamente, ninguém precisa de uma amiga assim.



A Invejosa – Quer tudo o que nós temos, até aquela mesa da sala a que ela nem acha particular graça…



A ninfomaniaca – A gente apresenta-lhe um nosso amigo, namorado, ex, pai!, e ela quer dormir com todos. Ou tenta. É o chamado ‘marketing agressivo’, parte logo para a conquista. Se quiser mantê-la como amiga, certifique-se de que ela nunca se encontra com o amor da sua vida.

6 Leis da Amizade

Retribuir – Uma amizade é feita de 50/50: se ela tem uma paciência infinita para a ouvir, não a transforme na psicóloga de serviço: cale-se um bocadinho e ouça-a, para variar. Se a paciência não é o seu forte, retribua de outras maneiras: leve-a a passear, ofereça-lhe um jantar, ofereça-se para ir com ela procurar aquele vestido que ela não sabe escolher.



Não julgar – Não aponte o dedo à sua amiga. Mesmo que não a perceba, não julgue.



Escolher – Uma amizade precisa de tanto adubo como um casamento. Por isso é que não podemos ter imensos amigos: quem tem imensos amigos não tem tempo para mimar os seus amigos especiais.



Respeitar o espaço privado – Os amigos não são namorados, têm outros amigos, e não podem passar o seu tempo todo consigo.



Tratar bem – Uma amiga é aquela ao pé da qual sentimos que somos espertas, inteligentes e giras, não o recipiente de todas as nossas neuras.



Ser delicada – Todos temos tabus, mesmo para os nossos amigos mais queridos, e todos os amigos sabem quais são os assuntos que magoam os outros. Evite falar muito nisso, ou fale apenas quando for o outro a levantar a lebre.









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