Se achava que aquela coisa do saco de plástico com os líquidos já estava meio esquecida, desengane-se: Essas regras continuam em vigor, por isso convém lembrá-las. Na bagagem de porão não há limites – se lhe apetecer despachar uma mala cheia de frascos de litro de champô, pode. Mas para o que leva na bagagem de mão há limites estritos: os líquidos, pastas, sprays, musses, geles e cremes (onde se inclui tudo o que tenha uma textura mais ou menos fluida, desde a água ao rímel, passando pelo dentífrico e o gloss) devem ser levados em recipientes individuais com capacidade máxima de 100ml (ou seja, se o frasco ou pote for maior, mesmo que só tenha duas gotas de gel no fundo, não passa). Os frasquinhos e potes têm de ir dentro de um saco transparente resselável, com capacidade máxima de um litro (cerca de 20x20cm), e não pode estar tudo amontoado: o saco tem de fechar facilmente.
Quanto à viagem propriamente dita, há alguns truques que ajudam a torná-la menos incómoda e garantem que chegará ao destino pronta para o seu close-up.
Leve consigo
● Uma écharpe fininha de lã (porque lá em cima pode fazer muito frio).
● Um bom livro (não está provado, mas há fortes suspeitas de que a cultura embeleza).
● Creme hidratante para o rosto e mãos.
● Nos voos nocturnos, toalhitas desmaquilhantes para limpar o rosto antes de o re-hidratar.
● Desinfectante para as mãos.
● Uma garrafa de água para ir bebendo e compensando a desidratação (o ar a bordo é tão seco como o de qualquer deserto digno desse nome). Evite álcool, que desidrata, e refrigerantes, que só a engordam.
● Um lanchinho com uma fruta ‘civilizada’ que possa comer sem fazer chiqueiro (maçãs, peras ou uvas), frutos secos sem sal nem açúcar, uns quadrados de chocolate negro, palitos de cenoura e/ou barras de cereais (a comida dos aviões é demasiado industrial e artificial para o seu bem e uma das razões por que chegamos cansadas e inchadas).
● Uma miniescova de cabelo, pasta e escova de dentes (ou pelo menos pastilhas sem açúcar), pó bronzeador, gloss e os seus óculos escuros, para um desembarque digno de star.
Evite usar roupa justa. O ideal é levar um vestido ou saia (para não ter de passar pelo número de contorcionismo de evitar que as calças rocem no chão de uma casa de banho que, num voo longo e cheio, fica rapidamente impraticável).
PELA ESTRADA FORA
Quando se viaja de carro, há menos restrições e mais controlo: pode-se parar e espairecer, comer onde e quando calha bem, e o passageiro do banco ao lado é alguém conhecido. Nem sempre dá para ler, mas pode-se ouvir música, cantar e dizer disparates sem que apareça uma hospedeira a mandar-nos calar.
Se vai a guiar ou no banco da frente, aplique protector solar no rosto e em todas as zonas expostas: os raios UVA, que são os maiores responsáveis por rugas, manchas e envelhecimento prematuro, atacam a pele mesmo através dos vidros.
A não ser que o trajecto inclua um roteiro gastronómico, pode ser boa ideia levar um lanchinho para fazer um piquenique: evite os hidratos de carbono, que dão sonolência, e aposte nas leguminosas, vegetais, proteína magra e fruta.
Em viagens longas, pare de duas em duas horas, durante pelo menos dez minutos, para caminhar e se esticar:
● Estique os ombros para trás como se quisesse juntar as omoplatas, incline um pouco a cabeça para a frente e puxe ainda mais os ombros para trás. Quando começar a sentir dor no meio das costas, respire fundo e relaxe os ombros e a cabeça, deixando-os cair para a frente.
● Levante uma perna e agarre o joelho com as duas mãos, e depois repita com a outra perna; a seguir, faça rotações dos tornozelos, para um lado e para o outro.