Se algum homem tinha dúvidas sobre a capacidade das mulheres fingirem que atingem o clímax, a personagem Sally, no filme ‘Um Amor Inevitável’, interpretada por Meg Ryan, provou-o sem rodeios (há 25 anos atrás) ao simular um orgasmo à mesa de um café e, assim, provar a Harry que não devia confiar no que os seus olhos viam e no que os seus ouvidos escutavam. Agora, sempre tomámos por certo que o sexo masculino não tinha a mesma capacidade de ‘fingimento’ do feminino. Pois bem, andávamos enganadas, a julgar por um inquérito da Time Out, que desmonta algumas ideias feitas sobre o assunto. De acordo com este estudo, cerca de 30% dos nova-iorquinos admitem que já… fingiram orgasmo (note-se que se torna mais fácil com o uso de perservativo, como admitem).
Os resultados são corroborados por um estudo recente da Universidade de Kansas. A razão é sempre a mesma: como o orgasmo da parceira está eminente, sentem-se constrangidos a alcançar também o clímax.
O tema está na ordem do dia, com a publicação do livro Why Men Kake it: The Totally Unexpected Truth About Men And Sex, do Dr Abraham Morgentaler, um professor de urologia da conceituada universidade de Harvard. O especialista refere que os homens sentem-se compelidos a ter um desempenho sexual, mesmo quando não tem vontade, por uma questão de imagem: “enquanto é ok para uma mulher dizer que está demasiado cansada para fazer amor ou tem uma dor de cabeça – de facto é tão comum que há piadas sobre o assunto – isso não é aceitável num homem”, refere, frisando que “a imagem é que os homens estão sempre prontos para terem sexo, o que os faz ficar pressionados para o fazer, mesmo quando não querem.”