1. Da banca para… a NOS. São assim mundos tão diferentes?
Sim e não . São mundos diferentes porque têm um ritmo de inovação muito diferente e porque ocupam um lugar distinto na vida dos consumidores. As telecomunicações, pela natureza dos seus produtos – telemóveis, internet, televisão, séries, filmes – ocupam um lugar mais emocional e de grande dinamismo nas nossas vidas, há um interesse natural e ativo por parte das pessoas em saber mais, em querer ouvir o que temos para lhes dizer. No entanto, a banca e as telecoms não são setores assim tão diferentes quando consideramos o contexto alargado da comunicação nos dias de hoje. O desafio de uma marca é o desafio de todas: ser notada, ser relevante, gerar preferência, marcar pela diferença.
2. Como fez esta adaptação radical?
Fi-lo com todo o orgulho e energia para aceitar um novo desafio. A NOS é uma marca muito interessante, é muito grande mas também muito próxima dos portugueses e das suas vidas e tem um potencial emocional enorme pela sua presença em territórios como o futebol, o cinema e a música. A Equipa que encontrei é como a marca, há realmente mais em nós.
3. O que levou da experiência anterior que sente que é uma mais-valia para esse desafio?
O hábito de trabalhar uma marca que consegue reinventar-se em permanência e manter a sua relevância e novidade ano após ano. Numa equipa que todos os dias desenha um desafio maior.
4. De que forma esta mudança também alterou a sua vida pessoal?
Quando o trabalho ocupa uma grande fatia do nosso tempo as fronteiras esbatem-se. Tornamo-nos pessoais no trabalho e profissionais na defesa da nossa vida pessoal. No trabalho procuramos confiança, verdade e entrega da nossa equipa e na vida pessoal procuramos eficiência e competência para esticar ao máximo os momentos bons.
5. É mesmo preciso ‘comunicar’ um festival com 10 anos, que esgota ano atrás de ano? O evento não se faz por si próprio? Ou torna-se mais exigente por isso mesmo?
A Everything Is New (EIN) tem apresentado no NOS Alive, ano após ano, um cartaz de qualidade e impacto inquestionável capaz de fidelizar um público muito próprio e de continuar a atrair novas audiências. Mas comunicar o festival é comunicar mais do que o cartaz. A nossa parceria cria no recinto uma experiência surpreendente, inovadora e amplificadora de todas as emoções que a música alimenta. Comunicar o festival é comunicar esta experiência em que a EIN, a NOS e o público se juntam neste festival urbano, lado a lado, mesmo ao lado de casa, para viver experiências irrepetíveis. É por isso que o conceito da campanha da edição de 2016 é “O NOS Alive não se explica, vive-se”.
6.Qual o segredo do sucesso e longevidade do NOS Alive?
A qualidade do cartaz, a localização, a competência organizativa, o compromisso em melhorar sempre, sempre a pensar na experiência do público – fazem com que este festival seja considerado um dos melhores do mundo.
7. Sendo mulher, sente que teve mais a provar no meio profissional ou isso é um mito?
Tive que provar bastante, ao longo de já 2 décadas, para me ser dada hoje a oportunidade de estar a conduzir a comunicação de uma das maiores marcas do país. Ser mulher ter-me-á possivelmente feito estar em desvantagem em alguns momentos mas também me terá dado vantagem noutros. Há uma sensibilidade, uma lente, uma vivência e experiência que vem connosco, em DNA, mais do que em género, e que nos ajudam a esculpir a nossa oportunidade. No geral, considero que as mulheres têm uma grande capacidade de reunir energia para estarem sempre à altura dos desafios que a vida lhes traz.
8.Há diferença na forma como homens e mulheres se posicionam no mundo do trabalho?
Há tanta diferença entre um homem e uma mulher, como entre uma mulher e outra. O que me parece mais determinante é a energia, o compromisso e o carácter e esses não escolhem género.
9. Trabalha melhor sozinha ou em equipa?
Há coisas que só se conseguem em equipa, nenhum projeto segue em frente sem a concertação de vontades e de capacidades de um grupo de pessoas. Nada de grande ou mágico se faz sozinho. Mas é fundamental encontrar momentos de reflexão, momentos férteis em que se põe em perspetiva o que foi feito e de onde surgem naturalmente novas ideias. Gosto muito do trabalho em equipa.
10.Cumpre horários ou gosta de liberdade de movimentos?
Não cumpro horários porque trabalho sempre mais do que esperava. Mas isso não significa que não haja liberdade de movimentos. Trabalhar numa empresa presente por todo o país significa encontrar formas inovadoras de trabalhar – à distância, em movimento, por telefone, por vídeo. Hoje, o trabalho é onde há internet e boa rede, requisitos a que a NOS sempre responde, e isso permite muita liberdade.
11.O que vamos esperar este ano de novo no NOS Alive, até porque se assinala a 10ª edição do Festival?
Vamos encontrar um festival cheio de boa energia, com milhares de pessoas reunidas para ouvirem bandas consagradas (Pixies, Radiohead, Arcade Fire), bandas mais recentes (Tame Impala) e muitas bandas portuguesas (Paus, youthless) e para passarem três dias de experiências irrepetíveis. Lá estará o Palco NOS, o NOS Clubbing, o Palco Pórtico e o Espaço de Convidados NOS. Lá estará uma infraestrutura de comunicações fixa e móvel para permitir a todos a melhor experiência, antes, durante e depois. Cumprindo a tradição sem deixar de surpreender.
12. Quando se está no topo… o desafio é muitas vezes mantermo-nos no topo. Como encara o futuro do NOS Alive?
No último mês, o NOS Alive foi o festival nacional com o maior acumulado de notoriedade espontânea e hoje, a NOS, é já a primeira marca nacional, em ex aequo, em associações Top of Mind à música, segundo a GFK. São dados muito interessantes quando sabemos que a música é uma paixão e que os portugueses avaliam positivamente esta associação. Queremos que o festival evolua com o seu público e sobre os portugueses só temos as melhores expectativas de evolução. A bitola nunca se baixa em termos de qualidade da música e da experiência e todos os anos aprendemos e aperfeiçoamos.