O estudo é recente. Diz a Universidade de Oxford que pequenas mudanças nos hábitos diários podem diminuir muito a pegada ecológica de cada um de nós. O exemplo utilizado é o da bicicleta elétrica. Diz o estudo que basta que se mude, um dia por semana, do carro para uma bicicleta desse tipo para que as emissões do cidadão que o faça baixem 67% nos seus trajetos diários. Um valor interessante que pode ser encontrado em outros estudos. Nos EUA, por exemplo, o setor dos transportes é o principal responsável pelas emissões de gases tóxicos.


O mais incrível? A maioria desses “transportes” são automóveis pessoais de quem está a levar as crianças à escola, a ir para o trabalho ou a fazer as suas tarefas diárias. Por isso, a mudança para um automóvel elétrico é um passo muito importante para quem está focado em contribuir para um futuro mais sustentável. Na verdade, um automóvel tradicional além de ser mais poluente é, igualmente, pouco eficiente em termos energéticos – apenas 12% da energia disponível no tanque de combustível de um carro com motor a combustão é utilizada para fazer o veículo mover-se… tudo o resto é perdido em calor e, por exemplo, a lidar com a resistência à fricção do ar e do asfalto. Sim, um carro “tradicional” não ajuda, em nada, a diminuir a sua pegada ecológica.

Como usar os postos MOBI.E

  1. Estabelecer um contrato com um Comercializador de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica, o qual lhe fornecerá um cartão ou uma App para aceder a todos os postos de carregamento da rede Mobi.E. O site da MOBI.E tem uma lista atualizada destes comercializadores.
  2. Verificar, de preferência antecipadamente, as condições de carregamento dos postos que pretende usar (potência do carregamento, tomadas disponíveis e custos). Para o efeito, recomendamos a consulta ao site da MOBI.E.
  3. Usar o cartão ou a app para ativar o posto e iniciar o carregamento – em Postos de Carregamento Rápido, os cabos estão incluídos no posto, mas nos Postos de Carregamento Normal o mais comum é o utilizador ter de recorrer a um cabo Type 2 (fornecido com a maioria dos carros elétricos).
  4. Usar o cartão ou a app para encerrar o carregamento.
  5. O valor a pagar será faturado ao utilizador, normalmente através de débito bancário, pelo seu CEME.

Um mundo em movimento

A eletrificação da mobilidade e da economia é uma realidade evidente que está a mudar por completo o quotidiano. A produção de energia ainda muito dependente do carvão altera-se para as energias renováveis e para processos mais limpos.  Em Portugal, a rede de carregamentos elétricos Mobi.e foi pioneira em criar um acesso universal. Ou seja, a partir de um único contrato com um comercializador de energia, um utilizador de veículos elétricos tem acesso  a todos os postos de acesso público que operam obrigatoriamente na rede Mobi.E. Uma rede única que serve todos os consumidores e que se espalha pelo país: «A transição para a mobilidade elétrica é um processo que não se esgota de um momento para o outro. O ano de 2020 foi um ano histórico para a mobilidade elétrica em Portugal, ao termos conseguido atingir a fase plena de mercado, tornámos também a mobilidade elétrica uma certeza. Atingimos, assim, o ponto do não retorno. Este ano de 2021 será o primeiro ano de consolidação que nos vai levar a atingir os objetivos traçados pelo PNEC 2030. No médio-prazo os principais desafios para a MOBI.E serão a sua afirmação como instrumento público promotor da mobilidade sustentável tornando-se numa referência, independente e autónoma, que contribua ativamente para credibilizar esta tecnologia e acelerar o processo de transição», explica Luís Barroso, presidente da MOBI.E.

Esta rede distribui-se pelo país. De norte a sul, a operação dos postos que constituem a rede Mobi.E estão a passar para mãos privadas, no intuito de tornar o ecossistema mais competitivo e criar uma oferta generalizada que permita carregar o seu automóvel elétrico com facilidade, independentemente do local onde se encontra ou o tipo de veículo que escolheu.

«A rede Mobi.E terminou o ano de 2020 com 1417 postos de carregamento (3.076 tomadas), dos quais 258 são postos de carregamento rápido, e com uma cobertura geográfica superior a 80% do total dos municípios do país (incluindo regiões autónomas), o que confere uma dispersão geográfica desta tecnologia extremamente interessante e uma sólida base de partida para continuar a crescer. No primeiro trimestre deste ano num contexto de confinamento derivado da pandemia, a rede Mobi.E alargou o seu âmbito e está já presente em 90% dos municípios nacionais, tendo a sua oferta ultrapassado os 1.650 postos de carregamento (mais de 3.300 tomadas). Brevemente estará concluído o alargamento da rede a todos os Municípios do País e estamos já a realizar novo investimentos para a criação de um piloto focado no aumento de potência da infraestrutura. São mais de 102 postos de carregamento, em que a maioria serão postos rápidos ou ultrarrápidos. A estes acrescem ainda os diversos investimentos que têm vindo a ser anunciados pelo setor privado e por diversas autarquias, o que contribuirá para alargar a oferta e, com isso, a confiança dos utilizadores para optarem pela mobilidade elétrica.
O objetivo de crescimento médio para os próximos cinco anos é de duplicação anual da capacidade de carregamento de rede Mobi.E.», reforça o presidente da empresa estatal. Uma rede mais moderna com suporte para carregamentos rápido e ultrarrápidos, de forma que não tenha de esperar muito tempo para que o seu veículo ganhe autonomia. Sim, a rede está resolvida. Vamos falar sobre a escolha do seu carro elétrico

As diferenças entre os veículos elétricos

Veículos elétricos (VE) são aqueles que podem ser movidos de modo totalmente elétrico e cuja bateria é carregada a partir de uma fonte de energia externa (plug-in). Ou seja, os híbridos que não têm tomada para carregamento não são considerados veículos elétricos. Os VE dividem-se em duas grandes categorias: 100% elétricos (BEV – Battery Electric Vehicle) e híbridos plug-in (Plug-in Hybrid Electric Vehicle).

Para se reduzir as emissões de gases tóxicos e o consumo e/ou aumentar o desempenho, os fabricantes têm vindo a eletrificar as motorizações, juntando motores elétricos e baterias aos motores convencionais. Nestes veículos, como nos veículos 100% elétricos, os motores elétricos também funcionam como geradores de energia: sempre que se trava, desacelera ou se desce sem aceleração imposta pelo condutor, as rodas transmitem energia ao motor elétrico que, deste modo, se transforma em gerador e produz energia que é acumulada na bateria.

Este é o primeiro nível de eletrificação. Nestes veículos, também conhecidos por semi-híbridos, é usado um pequeno motor elétrico capaz de ajudar o motor de combustão em determinadas situações, normalmente nos arranques e quando o condutor acelera ‘a fundo’, o que permite aumentar a potência e binário disponíveis e reduzir o consumo de combustível. Regra geral, quando o condutor levanta o pé do pedal do acelerador, o motor a combustão é desligado.
Esta tecnologia permite poupanças de combustível e de emissões que podem chegar aos 15 porcento. A baixa capacidade do sistema elétrico faz com que os mild-hybrid não sejam capazes de circular apenas em modo elétrico. Não são considerados veículos elétricos.

Também conhecidos por full hybrid ou híbridos convencionais, nestes veículos é usado um motor elétrico, associado ao motor de combustão, com potência suficiente para mover o veículo a baixas velocidades. Nestes veículos não é possível carregar a bateria a partir de uma fonte externa, pelo que estes carros são também conhecidos por híbridos autorrecarregáveis. O sistema de gestão do veículo alterna entre três modos: elétrico (motor de combustão desativado), híbrido (motor elétrico e motor de combustão) ou apenas motor de combustão. Os híbridos deste tipo não são considerados veículos elétricos.

Este é o primeiro nível de eletrificação que entra na categoria dos veículos elétricos (VE). Na prática, estes carros têm uma tecnologia muito parecida à dos híbridos, sendo que a grande diferença é a utilização de baterias de maior dimensão, que podem ser carregadas por fontes externas. Já foram anunciados modelos com cerca de 100 km de autonomia em modo elétrico. Regra geral, estes híbridos, também conhecidos por PHEV (Plug-in Hybrid Electric Vehicle), têm motores elétricos mais potentes que os híbridos convencionais e, como tal, podem atingir velocidades elevadas em modo elétrico.

Qual é o melhor carro elétrico para mim?

O investimento é, ainda, superior ao de um automóvel convencional. Por isso, há muita hesitação na altura de investir num veículo elétrico. Mas, como já lhe explicámos, esta é uma das formas mais eficientes de contribuir para um futuro mais sustentável. Ou seja, se está a pensar adquirir um automóvel, este é o momento de aderir à Mobilidade Elétrica. Há cenários a ter em conta:

Quem faz poucos quilómetros por dia

Percorre 40 ou 50 km por dia? A sua opção pode manter-se num carro elétrico. No entanto, se só raramente faz mais de 200 km para quê comprar um carro elétrico com autonomia de 400 km? Até pode ser contraproducente porque uma bateria maior representa mais peso o que leva a consumos mais elevados. Se está neste cenário, um veículo elétrico com uma autonomia mais reduzida (até 200 km, por exemplo) pode ser uma opção a ter em conta. Estará a pensar, por certo, que o preço mais elevado dos carros elétricos não compensa neste cenário. Na verdade, vai compensar, mas mais a longo prazo. É preciso não esquecer outras variáveis a ter em conta além da óbvia poupança no custo do combustível. A verdade é que os Custos Totais de Propriedade (os custos associados a ter o veículo ao longo do seu tempo de vida, também designados por TCO ou Total Cost of Ownership) são muito inferiores num carro elétrico quando comparados com um carro a gasolina ou a gasóleo. Como cada caso é um caso, faça bem as suas contas. Informe-se quais são os custos previstos, não esquecendo que os elétricos têm custos de manutenção muito mais baixos (não precisam, por exemplo, de óleo de motor ou filtros de combustível), são isentos de imposto de circulação e têm consumos muito melhores em termos de valor.

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