Quem segue Katie Dunlop no Instagram, provavelmente terá dificuldade em acreditar que a criadora da app Love Sweat Fitness já teve outro estilo de vida que não um saudável. Mas, na verdade, foram precisos alguns anos para que mudasse definitivamente a forma como tratava o seu corpo, bem como a sua relação com a comida.
“Como muitas mulheres, debati-me com o meu peso durante anos,” diz ao site da revista Shape. “Experimentei dietas da moda e vários programas de treino, mas ainda assim, de alguma forma, acabei mais pesada que nunca. Nessa altura, já não me sentia eu.”
Enquanto procurava uma solução permanente, Katie teve uma epifania.
“Percebi rapidamente que não era apenas sobre o meu peso ou o aspeto do meu corpo, era mais sobre estar num estado emocional em que não me sentia motivada o suficiente para me tratar melhor,” explica. “Mais que qualquer outra coisa, resumia-se ao que punha dentro do meu corpo.”
Foi aí que Katie decidiu cortar as dietas iôiô e focar toda a sua energia em integrar uma alimentação saudável no seu estilo de vida.
“Todos sabemos que alimentos são bons ou mais para nós – pelo menos até certo ponto,” afirma. “Portanto, quando comecei a olhar para a comida como aquilo que é – combustível para o corpo – consegui mudar a minha relação com ela e abraçar uma abordagem mais equilibrada.”
E com isso também veio a noção de que os resultados não apareceriam do dia para a noite.
“Percebi que as mudanças que queria não iam acontecer rapidamente, e não havia problema. Aceitei que, mesmo que o meu corpo não mudasse fisicamente, ia continuar a fazer tudo ao meu alcance para cuidar dele e sentir-me mais confiante. Isso foi algo que fiz um dia de cada vez.”
Assumidamente gulosa, Katie sabia que o seu sucesso dependia de encontrar formas de desfrutar verdadeiramente da sua nova alimentação. Aprender a cozinhar com ingredientes mais saudáveis e temperá-los na perfeição, sem excesso de sal e molhos, desempenhou um grande papel.
“Aprender a reduzir os extras, como o sal, óleo e queijo, fez realmente a diferença,” afirma. “E encontrar receitas deliciosas para experimentar foi essencial.”
Dunlop também teve de repensar os seus jantares fora com amigos. Por exemplo, não tocava na tábua de enchidos, mas permitia-se saborear queijo, porque era algo de que gostava muito. Eventualmente, durante uma ida a um restaurante mexicano, percebeu que o queijo ralado não acrescentava muito à refeição, portanto abdicou dele. O truque era descobrir aquilo que funcionava no seu caso e fazer pequenas substituições, para que não se sentisse privada de nada.
Foram precisos seis meses para que este tipo de alimentação parecesse natural para a influencer.
“A melhor parte é que não vi apenas a diferença no meu corpo, também a senti,” partilha. “E isso fez-me perceber o quanto a comida me afetava.”
Hoje, Katie come cinco vezes por dia e as suas refeições variam no que ao tamanho das porções diz respeito.
“Normalmente, os meus dias começam com claras de ovos, abacates e pão integral, bem como iogurte grego e muita fruta. A partir daí, tento incorporar frutos secos, manteiga de amêndoa, carne branca, proteína, peixe e muitos vegetais na minha dieta diária,” explica. “Nunca pensei que fosse chegar onde estou agora: 20 kg mais leve e a sentir-me tão confiante, tanto fisicamente como emocionalmente. E tudo isso porque aprendi a abastecer o meu corpo como deve ser e a dar-lhe aquilo que ele precisa para ser a melhor versão dele mesmo.”
Se pretende mudar os seus hábitos alimentares e não sabe por onde começar, Dunlop sugere que dê um passo de cada vez.
“Descubra aquilo com que se debate mais, quer sejam os doces ou os snacks noturnos, e encontre formas de começar a fazer escolhas mais saudáveis aos poucos.”
A principal coisa que Katie tenta ensinar aos seus seguidores e clientes é que estes merecem sentir-se felizes e confiantes.
“Essa confiança não surge do nada quando atingimos os nossos objetivos. Ela é fruto de fazer escolhas mais saudáveis constantemente. Se for consistente nisso, está a provar que gosta o suficiente do seu corpo para cuidar dele – e devemos isso a nós mesmos.”