As máscaras tornaram-se indispensáveis no combate à COVID-19. Isso é inegável. Contudo, a sua utilização por longos períodos pode acarretar uma nova patologia na pele, denominada “maskne” pelos dermatologistas.
O termo resulta de uma junção entre as palavras “mask” (máscara, em inglês) e acne, e faz referência ao surgimento incomum de borbulhas em áreas específicas do rosto, nomeadamente em torno da boca, no queixo, nariz e bochechas, que coincidem com as zonas cobertas pelo acessório de proteção.
Porque é que isto acontece? As máscaras retêm o ar exalado, a oleosidade da pele, sujidade e maquilhagem (se for o caso), ou seja, criam o ambiente perfeito para o crescimento de bactérias. A fricção e pressão constante fazem o resto do trabalho ao esfregar esta mistura nos poros, causando a acne mecânica – aquela que não acontece por questões hormonais, mas sim externas, por causa do atrito.
De sublinhar que isto não significa que devemos deixar de lado a utilização da máscara social. Muito pelo contrário: ela continua a ser fundamental. A boa notícia é que prevenir este problema é bem mais fácil do que imagina.
“A utilização da máscara é imprescindível e obrigatória, mas existem algumas medidas que fazem com o que impacto negativo na pele do rosto seja menor”, explica a Dra. Camille Maia, parceira do Instituto FOREO.
Cada tipo de pele irá adaptar-se a esta nova realidade de uma maneira diferente, então o primeiro passo é entender se temos a pele normal, oleosa ou mista, seca, ou sensível, e, com isto, seguir as dicas abaixo:
Pele oleosa e mista
“Este tipo de pele sofre bastante com o ambiente abafado criado pela máscara e, também, com a humidade gerada pela respiração enquanto a utilizamos”, revela a especialista. “Neste caso, o ideal é lavar bem o rosto com os produtos indicados antes de colocar a máscara, trocá-la a cada duas horas, diminuindo a proliferação de bactérias que possam contribuir para o aparecimento da acne, e evitar o uso de maquilhagem pesada”.
A Dra. Camille sublinha que é particularmente importante dar uma atenção à rotina de limpeza de rosto, fazendo dela um hábito diário, com o dispositivo LUNA 3, por exemplo.
Pele seca
“Neste caso, o ideal é apostar na hidratação do rosto para evitar uma maior perda dos níveis de água”, aponta a dermatologista. “Devido ao uso da máscara, recomendo a utilização de produtos mais fluidos como, por exemplo, loções ou um gel-creme, que ajudam a manter a pele protegida e hidratada sem aumentar a oleosidade”. Aqui, a recomendação é utilizar o dispositivo UFO 2 e a máscara Coconut Oil, pelas suas propriedades nutritivas (óleo de côco) e hidratantes (água de côco).
Pele sensível
“Quem tem pele sensível, queixa-se bastante da fricção frequente da máscara com a pele, e com isso o surgimento de irritações cutâneas. Nestes casos, recomendo uma visita ao médico dermatologista para perceber a gravidade e a causa destes quadros dermatológicos”, reforça a Dra. Camille Maia. “Caso seja algo leve, causado apenas pela própria fricção, antes de colocar a máscara no rosto, deve ser aplicado um hidratante específico para peles sensíveis que contenha agentes calmantes“, como é o caso da máscara Manuka Honey, que acalmam a pele.
Pele normal
“Aqueles que têm pele normal podem vivenciar todos os quadros mencionados acima, especialmente se não mantiverem uma rotina de cuidados adequada. O ideal evitar ao máximo o uso de maquiagem para que a pele não sofra com as diversas consequências já enunciadas, que podem desencadear dermatite e acne”, conclui.