Embora muitas pessoas tenham estrias, não é algo que costumam exibir com orgulho. Contudo, não há motivos para ter vergonha. Somos mais do que corpos e devemos tratar-nos sempre com carinho!
As estrias não passam de cicatrizes na epiderme, normalmente longas e finas, que aparecem quando a pele estira muito e as fibras do tecido conjuntivo se rompem. Isto pode acontecer por vários motivos, incluindo o crescimento, a falta de humectação e até mesmo a gravidez. Beber pouca água também pode ditar o surgimento destas marcas, uma vez que esta é essencial para ajudar a hidratar todas as estruturas do corpo.
“É um rompimento do colagénio que é visível na superfície da pele”, explica a Dra. Sweta Rai, membro da Associação Britânica de Dermatologistas. Inicialmente são vermelhas ou roxas, mas, com o passar do tempo, tendem a atenuar-se e a ganhar um tom esbranquiçado.
Reunimos algumas coisas que (provavelmente) não sabia sobre estrias:
- Os homens também têm estrias. Se pensa que esta é uma preocupação exclusivamente feminina, desengane-se. Nos homens, é comum que as estrias surjam na adolescência, quando há um crescimento acelerado do corpo e alterações hormonais. Para além disso, oscilações de peso ou a prática de musculação também são alguns dos outros ‘vilões’ desta história;
- As estrias podem surgir em qualquer parte do corpo, inclusive no rosto, mas são mais frequentes em áreas que tendem a armazenar gordura;
- As estrias não aparecem só durante a gravidez. Como já referi acima, as estrias surgem quando a pele estica muito num curto espaço de tempo e são vários os fatores que podem contribuir para o seu surgimento, desde a genética ao estilo de vida;
- Nem todas as grávidas têm estrias. Tudo vai depender de determinados fatores como, por exemplo, quanto a barriga cresce, a genética e os cuidados mantidos ao longo da gestação;
- Na maioria dos casos, não é possível reverter e eliminar estrias. Sim, há cada vez mais tratamentos promissores, mas é importante alinhar as expectativas e a realidade. A medicina estética não é matemática e existem vários fatores envolvidos, como o tipo de pele e de estria, o procedimento escolhido e a resposta individual ao mesmo;
- Ao longo do tempo, a maioria das estrias tende a atenuar-se e algumas desaparecem completamente. Contudo, esse processo pode levar mais de um ano e é importante sublinhar que cada caso é um caso;
- Os especialistas recomendam não banalizar condições dermatológicas como as estrias, uma vez que, para algumas pessoas, elas podem ter um impacto psicológico e emocional duradouro;
- As estrias podem surgir como efeito colateral de doenças. O cancro da glândula suprarrenal, por exemplo, eleva a produção de cortisol, que faz surgir estrias. Em caso de dúvida, consulte um médico e faça exames periódicos;
- A cor depende do tempo do estiramento das fibras. As estrias vermelhas são as mais recentes e têm essa cor porque ainda existe circulação sanguínea no local, com o intuito de recuperar o dano. Passado um tempo, a vascularização vai diminuindo e mudam de cor. As estrias brancas, por sua vez, são as mais antigas e já não apresentam reação inflamatória. Ou seja, a irrigação sanguínea está baixa e, por isso, ficam dessa cor;
- As estrias mais difíceis de se tratar são as brancas, pois são mais profundas e requerem um tratamento longo, sendo que os resultados não são garantidos, em clínica.