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1 – Fingir ser o que não é
Muitos homens se queixam de que somos queridinhas e fofinhas no princípio do namoro, e depois lá mais para a frente soltamos a Morticia Addams que há em nós. Claro que isto é uma estratégia de sobrevivência básica: se mostrássemos logo a Morticia, quem seria o candidato a Mr Addams com coragem para chegar perto, quanto mais perguntar-nos se já vimos o filme do Woody Allen? Enfim, podemos pelo menos fazer um esforço para não dizer que o nosso sonho sempre foi descer a serra do Marão de BTT, que o melhor que nos podem fazer é passar as tardes de Domingo na Luz, e que o nosso exemplo de filme emocionante é ver um camião explodir na autoestrada depois de ter abalroado outros três camiões, três quilómetros de BNWs, uma frota de helicópteros, um chorrilho de navios mercantes, um rotweiller e duas trotinetes.

2 – Não lhes dar espaço
Estava mesmo à espera desta, não é? Se se puser a dizer que quem precisa de espaço são os foguetões e os astronautas, não se queixe que ele queira alargar ainda mais a Via Láctea… Não há nada que mais enerve um homem do que uma mulher pegajosa, que quer fazer tudo agarradinha e que pensa que, cada minuto que não está com ele, ele há de estar com uma loura manhosa num bar do Cais do Sodré a segredar-lhe anedotas de alentejanos ao ouvido. Claro que se ele não a vê há duas semanas, a não ser que trabalhe na Fragata Sagres, no Cruzeiro Sea Princess, esteja destacado numa ONG no Darfur ou seja agente undercover para o FBI, também já é querer espaço a mais…

3 – Querer que eles nos leiam o pensamento
Queremos que eles sejam adivinhos, protestam eles. Que tenham dotes psíquicos, como o Matt Damon no filme do Clint Eastwood. Que nos agarrem nas mãozinhas e saibam automaticamente aquilo em que estamos a pensar. O que é mentira. Só queremos que eles olhem para nós, e eles as mais das vezes não despegam os olhos do umbigo (o deles. O nosso, só se estiver à mostra e se ainda não o tiverem visto muitas vezes). Como estamos habituados a que a nossa mãezinha olhe para nós e adivinhe tudo, achamos que eles são a nossa mãezinha… Más notícias: eles não só não são a nossa mãezinha como são todos um bocado tapados, parece que vem da pré-história, quando eles iam caçar mamutes, para o que não precisavam de muitos dotes de conversação, e a gente ficava na caverna com as crianças a dizer, ‘Vá lá, Tonk, mais um bocadinho de espetada de antílope!’ Solução: se quer que eles saibam alguma coisa, diga-lhes. Se vai esperar que adivinhem, arranje um sítio cómodo e sente-se, porque vai esperar muito.

4 – Ser mais esperta do que eles
Dizem que gostam porque é politicamente correto, mas depois na prática há muito poucos que aguentem. Ser um bocado zen, algo avoada e rir-se do que eles dizem é que eles amam, porque desperta o cavaleiro andante que há neles, e além disso não têm aquele fantasma de ela alguma vez querer alguma coisa de ‘sério’, tipo – lagarto lagarto lagarto – casar-se.

5 – Ser monótona
Lembra-se dos primeiros tempos em que estar apaixonada era uma emoção e uma montanha-russa? Está bem que ninguém aguenta uma montanha-russa eterna, mas importa manter o lado divertido e leve do amor. Olhe à volta: vê casais emburrados sem uma palavra para dizer um ao outro, encalhados em relações de pesadelo? Não deixe que isso lhe aconteça. Qualquer casal pode ficar junto. Mas os casais felizes sabem que o importante é não se passar com brigas menores e coisas sem importância, e resolver rapidamente e na hora aquilo que tem de ser resolvido. Porque senão, a certa altura já só estão um com o outro por hábito…

6 – Ser controladora
Está bem, é mais esperta do que ele. Mas se desatar de repente, a organizar-lhe o armário, inspecionar-lhe o telemóvel, comprar-lhe as camisas, orientar-lhe o almoço e o jantar e inscrevê-lo no curso de aeronáutica onde ele nunca teve força anímica para se inscrever, vai transformar-se na mãezinha dele, e na mãezinha tipo chata, inda por cima. Nenhum homem – e nenhuma mulher – gosta de sentir que é menos do que a outra pessoa espera. Deixe-o orientar a vidinha dele conforme entender, e se quiser um namorado aeronáutico vá procurá-lo à NASA, em vez de tentar mudar quem tem ao pé.

7 – Ser subserviente
Fazer tudo o que ele quer e como ele quer? Já não se usa. Além de que é uma seca.

8 – Não criar intimidade
Ter uma relação não implica necessariamente intimidade. E intimidade não significa grandiosas noites de sexo – embora isso seja importante. Intimidade significa uma ligação profunda entre duas pessoas, e muitas vezes podem passar anos numa ‘relação’ uma com a outra sem que isso aconteça. O que é que o faz mexer? Quais são os sonhos dele? O que é que ele quer ao certo da vida? Qualquer dia passa-lhe uma loura pelo nariz e ele vai atrás sem pensar sequer duas vezes, porque nada o liga verdadeiramente a si. Por isso crie memórias, ligações, piadas privadas. Claro que, às vezes, tudo isso vai ao ar num segundo. Mas com uma verdadeira relação, é mais complicado que isto aconteça.

9 – Ser picuinhas
Ele não ligou a dizer que se ia atrasar dois minutos, não pôde ir consigo ao cinema na sexta feira porque estava cheio de trabalho, adormeceu a meio do filme, disse-lhe que odiava gelado de chocolate, o seu preferido, e então? Não vale a pena estar constantemente a analisar tudo o que se passa: às vezes, isso é uma forma de justificarmos uma relação que, inconscientemente, não queremos. Uma relação que funciona corre naturalmente, e as discussões são resolvidas no momento. Se não quer continuar, resolva a coisa o mais cedo possível e caia fora. Claro que ser picuinhas é uma coisa, ser choninhas é outra. Se ele passa o tempo a atrasar-se, é porque provavelmente não está muito interessado em estar consigo…

10 – Ter mau sexo
Era bom que não tivesse assim tanta importância mas para os homens tem, aliás aguentam quase tudo se o sexo for bom, aliás a maioria deles podia estar alegremente numa relação com uma boneca insuflável, que está sempre com boa cara, nunca tem dores de cabeça, não lhe mói o juízo porque chegou às 10h em vez de às 9, e que se saiba é orfã.

E ½ – Ser emocional, faladora e teimosa
Para eles isto muitas vezes são defeitos, mas de facto são qualidades preciosas: quer dizer que somos persistentes, sensíveis e comunicativas, e não neuróticas, fala-baratos e convencidas. Eles coitados é que têm os ouvidos sensíveis e não suportam meio decibel acima de um ronronar (que aliás não ouvem: experimente ronronar-lhe qualquer coisa ao ouvido e vai tê-lo a franzir o sobrolho e a dizer Quê?). Por isso continuem emocionais, faladoras e teimosas, se isso vos agrada, mas por amor de Deus, dizem eles, por amor de Deus, não façam uma cena. Uma cena é que não.

** Este artigo foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico **

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