Pouco se sabe sobre a tripofobia, nomeadamente o que a pode causar e porque é que algumas pessoas reagem a certos “gatilhos” de forma diferente de outras. Falamos de uma condição que envolve o medo ou repulsa ao olhar para objetos ou imagens com vários pequenos buracos ou saliências. A revista Shape falou com alguns psiquiatras, que mostraram ter opiniões distintas sobre o assunto – se uns revelaram já ter ajudado pessoas com este problema, outros desconheciam casos do género.
Ora, esta não é considerada oficialmente uma fobia. Até porque, além do medo ou ansiedade, a tripofobia envolve repulsa e “nojo”, fator não considerado numa fobia oficial. Já um comportamento obsessivo compulsivo, pode, sim, implicar este sentimento. Apesar de já terem sido realizados alguns estudos, ainda há um longo caminho a percorrer para conseguirmos perceber ao certo o que é a tripofobia, o que a causa e quais os melhores tratamentos – que, de acordo com alguns especialistas, podem passar pela exposição gradual dos pacientes aos “gatilhos”.
A publicação falou ainda com Krista Wignall, que sofre de tripofobia desde os 20 anos, embora os sintomas se tenham agravado aos 30. E se há pessoas que conseguem facilmente desligar-se das sensações que têm ao estar perante imagens ou objetos cheios de buracos ou saliências, para Wignall, é bem mais que isso. A publicitária teve mesmo de ser medicada e deixa um testemunho do que pode ser viver com este problema:
Eu via certas coisas e sentia que a minha pele estava a arranhar. Ficava com tiques nervosos, os meus ombros encolhiam-se ou a minha cabeça virava, numa espécie de sensação de convulsão.
Se quiser perceber se pode sofrer de tripofobia, visite esta página de Instagram, que partilha várias imagens “gatilho”.