O discurso da “confiança” é-nos familiar a todos. Quer nos caracterizemos a nós próprios como pessoas em quem se pode confiar (ou não), ou nos assumamos como pessoas que confiam facilmente nos outros (ou não), este é um tema frequentemente debatido. Afinal, nem sempre é fácil guardar um segredo, por exemplo, ou saber ao certo em quem devemos confiar.
No que toca a este último aspeto, o investigador de ciências sociais Jeremy E. Sherman descobriu um método que nos pode ajudar a decidir. Resumidamente, devemos ter em atenção dois tipos de pessoas: aquelas que transpiram confiança e nos garantem que podemos sempre confiar nelas, e as menos confiantes e que admitem duvidar de si próprias.
Pessoas confiantes
Sherman explica que este tipo de pessoas não se julga ou duvida de si próprio. Constantemente, irão assegurar-nos que são de confiança e falarão como uma espécie de “líder”. Esta pode ser uma característica bastante atraente e que nos cativa. Mas será que é fiável?
Pessoas que se questionam
Neste caso, o investigador explica que o facto de as próprias pessoas duvidarem de si faz com que nós não consigamos confiar nelas por completo. Afinal, precisamos de mais certezas do que de hesitações. Mas esta pode ser uma vantagem.
Afinal, em quem devemos confiar?
Segundo Jeremy, “é bem mais sensato confiar em alguém que duvida de si mesmo do que em alguém que tem confiança absoluta. Se alguma vez duvidar de alguém que tenha este tipo de confiança, a pessoa irá virar-se contra si. Como se atreve a duvidar da imagem própria dela?“”.
Ora, o autor continua, explicando que o ato de “duvidar” de nós próprios vai gerando uma maior consciência. E é por isso que “quando alguém declara com confiança que é uma boa pessoa, é um sinal de alerta para mim. Quando alguém me diz ‘confia em mim’, eu confio menos na pessoa, não mais“, explica.