O natural não tem de ser sinónimo de chato ou de convencional. Esta foi a lição mais importante que retirei do meu primeiro contacto com a linha de maquilhagem da Mádara, que é tão boa para a pele quanto para o planeta.
A marca, que até agora só se especializava em cuidados de pele, decidiu dar o salto para a maquilhagem, mas sem esquecer as suas raízes. O resultado? Uma gama orgânica, 100% vegan e sustentável – boas notícias para os amantes da beleza limpa e ecológica.
Sem mais demoras, passemos à experiência. Antes de testar os produtos na minha pele, a maquilhadora Beatriz Curica fez uma breve apresentação da linha, que se estreou na Semana da Moda de Paris, em setembro de 2019, quando foi usada no desfile da Dawei, por iniciativa da makeup artist finlandesa Jenny Jansson.
Por enquanto, conta apenas com seis produtos (conheça-os na galeria, abaixo) e a ideia é expandir o número assim que os especialistas que trabalham no laboratório em Riga, na Letónia, cheguem às fórmulas corretas de rímeis e eyeliners, por exemplo, que respeitem o ADN e os padrões de qualidade da marca.
Depois de ficar familiarizada com a linha e de explicar à Beatriz como gosto de me maquilhar no meu dia-a-dia, passámos à aplicação dos produtos. Todos eles, sem exceção, são cremosos e aveludados ao ponto de poderem ser aplicados com as mãos. Aliás, é mesmo essa a ideia: beleza descomplicada a todos os níveis.
Para além disso, as listas de ingredientes demonstram que o desafio de produzir maquilhagem com ingredientes sem adição de produtos químicos foi superada com sucesso. Como alternativa, surgem extratos orgânicos de plantas e pigmentos minerais refinados de damasco, ameixa, aloe vera, mirtilo, peónia, arroz, argão e cominho preto, entre outros, que garantem que os cuidados com a pele nunca são descurados.
Outro ponto positivo é que toda a linha de maquilhagem da Mádara é bastante pigmentada e vem numa variedade de tons abrangente, de modo a responder às necessidades específicas de diferentes tonalidades de pele. Isto é particularmente importante para as mulheres negras, como eu, e de outras etnias, que por vezes têm dificuldade em encontrar opções que valham (mesmo) a pena.
O balanço da experiência é bastante positivo e, sem dúvida, colocou a cosmética biológica no meu radar. Numa altura em que estamos cada vez mais conscientes daquilo que colocamos no nosso cabelo e no nosso corpo, o mesmo princípio deveria ser aplicado à pele. Assim sendo, os produtos fabricados com matérias-primas naturais e éticas devem ganhar cada vez mais espaço, para que se reforce a convicção de que é possível expressarmo-nos visualmente enquanto cuidamos da pele e do planeta.
A experiência retratada neste artigo aconteceu a convite da marca e o texto reflete a opinião pessoal dos autores.