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Causa imensos estragos mentais e não é de hoje: mas a pandemia da solidão tem disparado nos últimos anos e é urgente perceber que não estamos – mesmo – sós.

Não estamos sós nisto de nos sentirmos sós. Ainda antes da pandemia, segundo um inquérito da Rep. Circle – The Reputation Platform (organização representada em Portugal pela Lift Consulting na área empresarial) 6 em cada 10 pessoas sentem-se sozinhas, e entre os 16 e os 25 anos o número sobe para 7 em 10. Para piorar, mais de 45 mil idosos vivem sozinhos. E se viver sozinho não é o mesmo que sentir-se sozinho, é pelo menos uma grande ‘ajuda’. A covid veio piorar tudo isto: segundo um relatório recente do Centro Comum de Investigação, serviço científico interno da Comissão Europeia, a solidão duplicou em todos os grupos etários e quadruplicou nas pessoas até 35 anos.
Vamos apertar a lente até às mulheres. Tradicionalmente, sentem-se menos sós: ocupam-se mais, têm uma rede mais sólida de amizades, falam mais facilmente e procuram mais ajuda. Por outro lado, depois de uma separação têm mais dificuldade em encontrar parceiros. Mas será que isto é mesmo assim?


Homens dependentes, mulheres exigentes

Sentir-se só não é sempre sinónimo de estar fisicamente só. Há quem tenha outra pessoa por perto mas se sinta mais sozinha do que outra pessoa que viva só mas tenha amigos e família.

“Sabe quantas palavras diz o meu marido por dia? Quatro. Ontem contei-as. Dizem-me muitas vezes: mas tu tens companhia. Ora isso não quer dizer que uma mulher se sinta menos só.” Madalena Martins, 70 anos, confessa que, apesar de casada, se sente muito sozinha. “Durante o dia, uma mulher ainda arranja com que se entreter: casa para limpar, netos que vêm de visita, telefonemas, televisão, livros. E há barulho, ruído do mundo, carros a passar. Mas quando a noite cai e o silêncio se torna profundo, a solidão torna-se visível. O silêncio mostra-nos a nossa solidão de maneira muito evidente e muito cruel.”
Margarida Amaro, 49 anos, professora, vive sozinha há 10 e confirma que a partir de certa idade encontrar companhia é mais fácil para um homem do que para uma mulher. O que é que tinha de mudar na sociedade? “Os homens tinham de ser menos dependentes, as mulheres tinham de ser menos exigentes. Eles precisam de mãezinhas e adoram ter uma criada para todo o serviço que não tenha demasiadas opiniões. E algumas delas só têm o chip de cuidadoras ou são tão inseguras que precisam de um ‘macho’, mesmo que seja de galinheiro. Mas as mulheres de bem consigo mesmas não querem um tipo qualquer apenas para terem a sensação de que são imprescindíveis ou para serem ‘protegidas’. Portanto, rodeiam-se de gente e arrumam na gaveta as necessidades primevas, em nome da paz de espírito.”
Segundo Margarida, a covid aumentou o sentimento de solidão… só para quem já o tinha. “E vimos tanto disso. Aquele horror patético a estar em casa. ‘Ai, que estamos aqui fechados! Ai, que prisão! Ai, que estamos a dar em malucos!’ Há quem pague um balúrdio para ter uma casa toda artilhada com sensurround e máquinas para tudo, e quando lhes pediram que dela usufruíssem durante uns tempos para se protegerem, só queriam fugir! Na verdade, só querem fugir de dentro de si, da solidão que mascaram todos os dias com as mil vezes que saem e entram.”
Diz que adorava ter com quem partilhar – em pleno – a sua solidão, mas que essa não é uma condição para levar a vida a bem. “É um processo de autoconhecimento e de conhecimento do mundo. Vou queixar-me de quê? Que a vida não me trouxe um companheiro, que não me deu filhos satélites e devotados? Olha, azar. O amor não toca a todos. Face it.”

Estamos juntos nisto 
de estarmos sozinhos

Saio a correr assombrada pela última frase, e largo-a aos pés de Clara Soares. Além de jornalista que já investigou largamente sobre o tema da solidão, é ainda psicóloga clínica. E então, é mesmo assim, o amor não toca a todos, face it? É assim que ficamos? “Não é”, diz ela. “Existimos porque temos um lugar – um canteiro, uma casa, um quarto, um cantinho – na vida de alguém. Se não lhe toca a si o amor, vamos lá falar sobre isso.”
Ó valha-me Deus, isto não me parece nada animador. Falamos e depois? “Em primeiro lugar, é importante perceber que estamos juntos nisto de estar sozinhos”, defende Clara. “A solidão tem mais visibilidade hoje, seja por estarmos mais conscientes dela num mundo globalizado ou pela dispersão do foco, em que se está em todo o lado e não se sente nenhum como casa, colo, consolo. Nunca as nossas caras passaram tanto tempo a olhar para ecrãs. A avó sente a falta dos netos, os casais com relacionamentos à distância podem ter as redes, a videochamada, as partilhas e os likes, mas vão achá-los sempre insuficientes. Somos relacionais, precisamos sempre que nos devolvam o olhar, o toque, que nos escutem e nos desafiem a conhecermo-nos.”
O tema da solidão no feminino não é novo. “Anatomicamente, o corpo da mulher foi desenhado para dar vida. Tem ciclos hormonais, diretamente relacionados com as emoções, e da adolescência à menopausa há uma ressonância da vivência do corpo na forma como se estabelecem vínculos, que não sendo respeitada e nutrida, atrofia.”

A solidão pesa, sim, principalmente quando não escolhemos estar sós. “Sente-se só quem se sente à margem, perdido e com a crença de que nada vai melhorar.” Mas isto não tem de ser assim, e não temos de nos resignar a uma vida sem amor ou companhia: “Abraçar esse sentimento de vazio e ausência num contexto seguro, como sucede numa psicoterapia, pode fazer toda a diferença: atenuar o medo e baixar a guarda pode ser muito enriquecedor. E permitir-se explorar novos registos como estar ligado (não necessariamente à net) e restaurar a confiança em si e na capacidade de ir ao encontro de um outro, talvez de novas maneiras.”
Quanto mais nos sentimos sós, mais nos apetece esconder-nos num canto. E atenção que a solidão pode tornar-se viviante: de tanto olharmos para ela ficamos presas. Por outro lado, é muito reconfortante ter uma vida em que dependemos apenas de nós, fazemos do nosos tempo aquilo que nos apetece e não temos de dar satisfações a ninguém.

Se quer dar luta à solidão, tem de fazer um esforço para chegar aos outros: ligar a um amigo, encontrar formas de fazer novas amizades, sair do casulo reconfortante da nossa casa, do nosso espaço, da nossa segurança. Se usa redes sociais, partilhe de facto aquilo que é importante para si, seja ativa em vez de andar só ali a ‘surfar’, meta conversa, combine um café com amigos que não vê há anos, faça amigos novos e vá ter com eles. Pare de olhar para si e procure os outros. Em passeios, grupos, amigos de amigos. Meta conversa. Olhe nos olhos, ouça, pergunte, interesse-se, perca tempo, sim, mas ganhe outras coisas.
Claro que nesta luta a sociedade também podia ajudar: “Podíamos desenvolver mais políticas sociais: incentivos à natalidade, paridade de género e projetos comunitários”, lembra Clara Soares. “Em Portugal, os rituais estão muito centrados na família, mas é na sociedade civil que nos aproximamos do diferente e nos expandimos e crescemos para fora da bolha, da segurança do conhecido.”
 

Os 7 espectros da solidão

Volto ao princípio: lembram-se do estudo sobre a solidão dos portugueses, feito pelo Rep. Circle? O autor, o escritor e consultor brasileiro Celso Grecco, foi o criador da primeira ‘Bolsa de valores sociais’ do mundo, em 2003, e falou-nos um pouco sobre aquilo que nos torna tão sós. “Na pesquisa, identificámos aquilo a que chamamos os 7 Espectros da Solidão, não necessariamente presentes simultaneamente. Abandono: ausência de presença calorosa, as pessoas vivem juntas mas cada uma no seu mundo. Ansiedade de performance: onde qualquer tipo de ajuda é considerado fraqueza. Inadequação: a ideia de viver em eterno descompasso. Insegurança: a violência a crescer nos centros urbanos, mas também a falta de redes de proteção na saúde e na educação. Na pandemia, medo do meu vizinho. Irrelevância: a invisibilidade social, as relações utilitárias e o sentimento de se viver, também, relações descartáveis. Redes sociais: funcionam com um duplo papel de refúgio e acolhimento. ‘Comparo-me, logo sofro’ mas ‘é também onde encontro aqueles iguais a mim, portanto sinto-me menos estranho’. Relação tempo-espaço: vivemos em permanente estado de alerta, sempre no mundo das mensagens instantâneas.”
A propósito de redes sociais, é interessante esse duplo papel de amparo e desamparo. “Culpar as redes sociais por tudo o que acontece de mau é como culpar os Correios pelo conteúdo das cartas”, nota Celso Grecco. “Ambos apenas buscam os meios mais eficientes de entregar as mensagens. O conteúdo é da responsabilidade de quem o escreve. As redes sociais aproximam, mas ao mesmo tempo substituem. Posso passar anos sem a ver pessoalmente e ainda assim saber de cada passo, de cada evento, de cada acontecimento em sua vida. Basta que você publique.”
A decisão mais sábia passa por juntar sem substituir, usando as redes sem esquecer aquilo que elas são. “A partir do momento em que substituímos o contacto humano pelo contacto via redes sociais, estamos a criar relações sociais precárias. E uma sociedade baseada em relações sociais precárias não pode dar certo como projeto.”


A sociedade do cansaço

O estudo da solidão pode parecer, digamos, emocional, mas ele está a ser feito muitas vezes com objetivos bem concretos, ou seja, de forma a ajudar as empresas a conseguir trabalhadores mais felizes e, portanto, mais produtivos. O próprio Celso Grecco atua muitas vezes como consultor empresarial. “A pandemia e seus agravamentos expuseram a importância de se olhar para a saúde mental”, defende. Na altura, falou-se que o grande desafio das empresas no regresso às atividades presenciais seria assegurar mais humanidade nas relações internas. Mais espaço para o erro. Mais segurança psicológica para a vulnerabilidade. Acolher, não apenas os colaboradores em regresso aos seus postos de trabalho, mas também as vulnerabilidades que o confinamento trouxe.” Resultado: nada (ou muito pouco) disto aconteceu.
Mas, afinal, esta solidão não veio do nada: nasceu de uma nova forma de funcionar socialmente. “O filósofo sul-coreano Byung-Chul Han, autor do livro ‘Sociedade do Cansaço’, alerta para a evolução pela qual passamos: deixámos de ser uma Sociedade Disciplinar, onde a industrialização, os métodos e rotinas predominavam, para vivermos uma sociedade (a do cansaço) na qual a performance, a autonomia e a criatividade são as palavras de ordem”, explica Celso Grecco.
A questão é que nesse novo ambiente social o que nos faz mexer é o desempenho e já não a obediência. “Cada pessoa condiciona a vida a esse desempenho, que tem que ser cada vez mais rápido, mais eficiente e baseado em autonomia. Nessa nova dinâmica social, autoestima e autoconfiança são ingredientes pregados como fundamentais para o sucesso. A esse fenómeno somam-se os efeitos colaterais do discurso motivacional e do mercado de palestras e livros motivacionais, que cresceu vertiginosamente nos últimos anos. O resultado é uma sociedade marcada pelo stress imposto pela cultura do individualismo que valoriza aquele que vence sozinho, algo que potencialmente nos pode levar a relações sociais precárias ou a um excesso de cobrança imposta pelos outros ou por nós mesmos.” Já perceberam: daí à solidão, é um passo.

O fenómeno universal

Portanto, em resumo: a solidão é um sentimento universal e comum a homens e mulheres, embora talvez vivido de formas diferentes. “A solidão também pesa, e muito, aos homens, sobretudo se ficarem presos a ideias feitas de força e fraqueza”, afirma a psicóloga Clara Soares. “As mulheres são mais dadas a falar, assim tenham interlocutores que lhes deem espaço para a expressão livre. Se cresceram a ouvir que ‘é mesmo assim’ ser mulher – aceitar o papel de cuidadoras, mães, esposas compreensivas dos caprichos da família e profissionais dependentes dos caprichos do chefe – talvez se sintam, e muito, sós, presas num lugar que nunca quiseram. A sensação de que falharam talvez aconteça mais no sentido de ficarem ao lado das expetativas alheias, e não das suas.”
“Quem viva um estado de solidão, que defino como o estado de andar desacompanhado de si própria, não depende de ser homem ou mulher para ter sofrimento”, acrescenta Celso Grecco. “A dificuldade em encontrar um parceiro tem muito mais relação com questões culturais e mesmo de preconceito do que uma dificuldade inerente ao género. Nas nossas almas não há cor, nem raça, nem credo, nem género. Há apenas dores. E amores.”

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