Mãe de uma deficiente mental profunda, Julieta Sanches uniu-se há 30 anos a um grupo de pais preocupados com a qualidade de vida, a aprendizagem e o futuro de filhos diferentes de todas as outras crianças. Nascia pouco depois a primeira CERCI, a de Lisboa, para cuidar da educação de crianças com deficiência mental.
Em breve Julieta deixaria a sua profissão (funcionária administrativa) para se dedicar de corpo e alma ao desenvolvimento da CERCI, hoje conjugada no plural, porque os seus centros se espalharam um pouco por todo o País. São já milhares as crianças, jovens e adultos portadores de deficiência mental que já receberam, e recebem, apoio e formação profissional, com uma elevada taxa de sucesso de integração na sociedade e no meio laboral.
Quem lida de perto com o drama da deficiência mental sabe que as CERCI são oásis de tranquilidade de espírito, que já começam a dar resposta às preocupações de futuro de muitos pais: o que será do seu filho quando chegar a hora da morte? Assim, já foi criada a primeira residência, apenas o começo de um sonho bem mais amplo que Julieta quer ver cumprido. Hoje continua a ser uma das peças mestras de uma organização que cresceu em tamanho e importância e que sentiu a necessidade de começar a delegar em outras cooperativas de solidariedade social alguma da sua responsabilidade.
Foi assim que há 20 anos nasceu a FENACERCI (Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social), de que Julieta Sanches é presidente. Mas aquilo que melhor pode identificar as CERCI será talvez o já famoso Pirilampo Mágico, o pequeno peluche que a cada ano aparece numa nova cor, que já tem adeptos de coleccionismo e que representa a imagem de marca dos peditórios nacionais destas cooperativas, que dependem de ajudas estatais e da boa vontade da sociedade.
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