A voluntária do Centro de Saúde de Mértola não resistiu ao desafio de criar um núcleo de voluntariado num concelho que abrange nove freguesias muito desertificadas e envelhecidas. Criado em Dezembro de 2001, ao fim de cinco anos de trabalho, o núcleo conta com 36 pessoas. "Dou ao núcleo a parte melhor que tenho: um coração disponível e um olhar atento sobre os outros", afirma Maria Fernanda, 56 anos, ex-funcionária pública da Câmara Municipal de Mértola.
O conhecimento profundo do contexto alentejano ajudou Maria Fernanda a tomar a decisão de dirigir as acções de voluntariado à população mais velha do concelho. "Os idosos tornam-se muito dependentes e a família trabalha e não lhes pode prestar os cuidados de que necessitam." Os voluntários do núcleo têm tarefas semanais a cumprir, que contemplam o Centro de Saúde de Mértola – onde oferecem café e bolachas aos utentes que esperam as consultas e dão assistência aos doentes da Unidade de Apoio Integrado – e o lar de idosos e infantário da Santa Casa da Misericórdia. Neste último, ainda são necessários voluntários para reforçar as equipas. "O mais difícil é recrutar pessoas. Têm de ter uma certa formação moral, valores e muito bom senso.
No voluntariado, o mais importante é o capital humano." Em 2005, Maria Fernanda participou também na iniciativa ‘Um Dia Pela Vida’, da Liga Portuguesa contra o Cancro, que obteve um sucesso estrondoso em Mértola e que contribuiu para uma maior união da comunidade. "O mérito não é meu, mas de todas as pessoas que se juntaram a mim. Demos as mãos pela luta contra o cancro."
Clique para subscrever a NEWSLETTER ACTIVA.pt!