A União Zoófila já não é o que era. Associada durante muito tempo a uma gestão danosa que tornava infernal a vivência das centenas de cães e gatos que acolhia, a instituição aparenta estar a cumprir, de forma eficiente, o objectivo para o qual foi criada. Para este sucesso muito tem contribuído a dedicação de Luísa Barroso.
Não é por acaso que sabe os nomes de cada um dos 500 cães que ali moram. Faça chuva ou sol, a presidente está no seu posto: "Se chegar chateada, tudo me passa. A energia positiva que eles transmitem é a melhor das recompensas." As finanças, garante, "entraram nos eixos: actualmente, para qualquer donativo, em espécie ou dinheiro, existe um recibo. E os animais já não morrem à fome".
A diferença está à vista: os 500 cães e os cerca de 100 gatos estão bem nutridos e é visível a afectuosidade que têm para com os seus tratadores.
QUEM É: Casada, com 54 anos e três filhos, Luísa é uma voluntária a tempo inteiro, muitas vezes sem direito a fins-de-semana. "É que os animais comem todos os dias…" A Zoófila tem 24 mil associados – mas menos de metade com quotas em dia – e cerca de 50 voluntários, que não falham. A crise multiplicou os casos de abandono. Só em Janeiro foram deixados junto aos portões 50 cães.