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Enquanto o resto dos seus colegas risca, num calendário de parede, os dias que faltam para as férias, tal como condenados à beira da liberdade condicional, consigo as coisas passam-se de modo diferente. De repente apercebe-se que só faltam duas semanas para as suas e enche-se de pânico: Quem vai fazer todo o trabalho que ainda há até lá? Quem orienta as coisas no escritório enquanto estiver fora? Como vai evoluir aquele processo delicado de que está a tratar pessoalmente?

As férias são como o sono, absolutamente necessárias para consolidar a memória a curto prazo, exercitar a criatividade, descansar corpo e mente e recarregar baterias. Mas um dos maiores sintomas de que somos potenciais candidatos a viciados no trabalho é o medo de tirar uns dias de puro prazer e ócio. Segundo uma notícia dada no jornal ‘New York Times’, os profissionais norte-americanos mais passíveis de sofrerem desta ansiedade são os advogados, publicitários e especialistas em alta finança. E na verdade são eles os campeões mundiais das férias curtas: apenas 16 dias úteis por ano nas terras do Tio Sam. Um facto que arruína a saúde e até a produtividade dos funcionários mais empenhados. Complexo de culpa mascarado de sentido de responsabilidade, instabilidade financeira, uma maior carga laboral resultante de despedimentos nas empresas e até o medo das represálias com sobrecargas de trabalho na volta, são algumas das razões apontadas por gente que há anos não tira umas semanas de folga.

Por isso, antes do merecido descanso...

. Não pense em si como insubstituível. Se esta regra básica dos recursos humanos funciona para os piores momentos da nossa vida laboral, também tem que funcionar para as partes boas… como as férias. Pensar que não conseguem sobreviver sem a sua impagável presença é, simultaneamente, um ato de desconfiança no trabalho dos seus colegas e colaboradores e uma mostra concreta que é incapaz delegar – uma das características de liderança mais apreciadas. As equipas de trabalho eficientes têm de estar prontas a trabalhar sem um elemento, tal como uma equipa de futebol tem de estar pronta para ganhar, quando o craque principal está lesionado.

. Faça uma mini-maratona nas duas últimas semanas: Flexibilize o seu horário de trabalho, se necessário: entre uma hora mais cedo e saia uma mais tarde. Vai ser esgotante mas, pelo menos, deixa o indispensável feito e vai de cabeça leve.

. Arranje um substituto: Combine com um colega ou com um colaborador directo que fique responsável por atender os seus recados e resolver algumas questões relacionadas com o seu trabalho. Ponha-o a par dos seus processos pendentes e prepare-o para as situações que possam surgir.

. Estabeleça prioridades: Resolva primeiro os trabalhos mais longos e demorados e aqueles que têm um prazo de cumprimento apertado.

. Marque duas ou três semanas de férias: A primeira é gasta a habituarmo-nos ao novo ritmo ou a tratar de assuntos pessoais. Só na segunda é que entramos verdadeiramente em espírito de férias e, quando começa a saber bem, eis que tudo acaba! O ideal é poder beneficiar de 15 dias úteis (cerca de 21, no total). Tim Hindle sugere em ‘Como gerir o seu tempo’ (Civilização Editora): “Tire dois ou três períodos curtos de férias no ano, em vez de um e longo.” Este planeamento permite-lhe recarregar baterias mais vezes ao ano, sem estar 365 dias à espera de poder descansar. É muito mais eficiente para o bom profissional. Marque o maior período de férias com seis meses de antecedência para poder planear o seu trabalho até lá, aconselha Hindle.

Depois, aprecie o ócio a 100%

. Desligue o telemóvel, esqueça o e-mail: Não caia na tentação de ligar para o escritório todos os dias, diretamente da praia, a perguntar como vão as coisas na sua ausência. Deixe bem claro ao chefe e colegas que quer tanto ser incomodada durante esse período como quer que lhe telefonem para casa às três da manhã a perguntar como se trabalha com a máquina de café… e espere que eles entendam a ironia. Se possível, esqueça a televisão e os noticiários. Tire férias do mundo em geral.

. Vá para longe: Longe da vista, longe do coração! Deixe que muitas milhas a separem do escritório. Caras novas, uma quebra de rotina, experimentar emoções, locais e passatempos diferentes, ajudam a ampliar a criatividade e a descomprimir do stresse (isto é… se não passar dois dias em aeroportos e se não lhe perderem a bagagem).

. Adeus civilização, olá verde!: Esqueça prédios, blocos de apartamentos, sítios movimentados. Se é fã da natureza experimente acampar. Se as tendas lhe fazem claustrofobia e não está preparada para encontros de 3.º grau com rastejantes, experimente o turismo rural ou um local na costa, afastado dos grandes centros balneares.

. Nunca leve trabalho para férias!: Nada de levar papelada sob o pretexto que, pelo menos, está mais sossegada. Estará a abrir precedentes perigosos para si e desleais para com os seus colegas.

. Assuma o dolce farniente! Se só vai de férias para pintar a casa, fazer mudanças ou para passar dias inteiros a cozinhar, lavar loiça e arrumar a casa, enquanto toda a família vai à praia, mais vale ficar no escritório. Assuma que vai gozar o ócio sem culpas, distribua tarefas por toda a família.

. Contorne as rotinas: Mesmo que o seu relógio biológico já esteja programado para acordar às sete da manhã, aproveite para uma refrescante e calma caminhada matinal ou tome um enorme pequeno-almoço refastelada na varanda. Prepare-se para mudar coisas e testar a sua flexibilidade. Entregue-se ao seu hobby preferido, vá ao teatro, cinema, ponha a leitura em dia, visite gente querida, brinque com as suas crianças… sobretudo, divirta-se muito!

. Faça exercício: Corrida, escalada, caminhada em montanha, natação. O exercício é uma das melhores maneiras de combater o stresse e permite-lhe estar em contacto com a natureza.

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