Temos tendência a acreditar que a nossa maneira de pensar é melhor e por isso temos dificuldade em compreender a dos outros. Da minha parte confesso que não compreendo porque razão a organização desta prova opta por fazer partir os camiões em último. Por não haver prólogo a partida foi dada por ordem numérica e claro os camiões têm sempre o número mais alto. Por experiência anterior a organização sabe que os camiões, apesar de limitados a 140 km/h, acabam sempre por ser bastante rápidos pelo que as ultrapassagens se sucedem criando situações de risco face ao pó e ao facto de ninguém se querer deixar ultrapassar.
Também não percebi porque é que hoje nada batia certo na minha posição de condução e porque é que o cinto de segurança se desapertou obrigando-me a parar. Coisas que não acontecem a ninguém!
Também não compreendo porque é que, apesar de desenvolver todo o esforço para conseguir ter um amortecedor de direção a funcionar, não o consigo ter. Esta já é a terceira corrida em que o amortecedor não sobrevive aos primeiros quilómetros da primeira etapa. Esta peça é fundamental para que possa aumentar o ritmo de condução. Por isso o meu sentimento de frustração hoje é enorme. …e porque estou realmente chateada com este facto, faço-vos um apelo a vocês, mães, que me leem neste momento. Por favor tirem os vossos filhos da frente da televisão e limitem a utilização dessa máquina de jogos que trazem sempre na mão. Incentivem-nos a estudar e a aprender. Sejam exigentes com o seu aproveitamento escolar e exijam qualidade das escolas. O cérebro humano é um órgão fabuloso, mas tem de ser estimulado. Se queremos que o nosso país produza trabalho de qualidade temos de formar os nossos jovens com objetivos de qualidade.