Meditação, alimentação saudável, prática de exercício físico, afastamento das redes sociais: várias são as formas aconselhadas para ganharmos uma maior confiança em nós próprias. Porém, este é um jogo sem regras e cada uma faz o que consegue e o que a faz sentir, verdadeiramente melhor.
No caso de Regan, que disse à revista Health sempre ter vestido acima do 42, a dificuldade em aceitar o seu corpo foi uma constante na sua vida, apesar de se considerar uma pessoa inteligente e divertida. Até que começou a desafiar-se a si mesma, após completar 24 anos.
“Em vez de dizer ‘não sou atraente para os homens porque a minha aparência não é assim’, comecei a perguntar ‘onde estão os homens que se sentem atraídos pelo meu tipo de corpo, porquê e como é que o s encontro?'”, explicou.
Foi nessa altura que conheceu o rapaz com quem viria a perder a virgindade e a namorar durante quase um ano. Esta experiência acabou por lhe abrir outras portas, já que percebeu que havia, de facto, homens atraídos pelo seu tipo de corpo. E uma das formas de os encontrar era através de páginas de encontros.
“Lembro-me de publicar uma fotografia numa dessas páginas, em que eu surgia de lado, a usar cuecas. Pensei ‘talvez possas simplesmente mostrar como sou realmente e ver se as pessoas me respondem”, afirma.
A questão é que não houve uma mas sim mais de 500 respostas à sua fotografia.
“Não pensava que isto acontecesse a mulheres como eu. Tudo o que achava de mim começou a mudar porque passei a perceber a quantidade de pessoas que se interessavam. Fi-lo mais algumas vezes, partilhar fotos minhas, e acontecia a mesma coisa”, contou.
Resultado: os comentários que recebia foram, gradualmente, aumentando a autoconfiança de Regan e esta acabou por criar mesmo uma conta num site de encontros, onde conseguia contactar com homens interessados nesse tipo de corpo. Além disto, começou a ler os comentários de vários vídeos de pornografia, protagonizados por mulheres de aparência semelhante à sua, de modo a entender o que é que o sexo masculino mais apreciava.
“Via uma mulher parecida comigo num vídeo de pornografia e procurava saber, nos comentários, o que é que os homens mais gostavam nela. E isso ajuda-me mesmo a pensar sobre mim de maneira diferente. Não sou alguém vista como ‘menos que outra’, sou alguém que as pessoas desejam imenso”, afirmou.
Muitos acreditam que este tipo de sites apenas demostram falta de confiança, mas Regan garante que, no seu caso, este tem sido um método bastante útil, no caminho para a completa aceitação do seu corpo e aumento da auto-estima. Um conselho?
“Descobre o que gostas no teu corpo e como aqueles sexualmente atraídos pelo teu tipo de corpo o vêem. Aprende a colocar a ‘lente’ das outras pessoas, em termos daquilo que te torna atraente. Isso pode mudar a forma como pensas acerca de ti mesma, e deu-me a confiança pela qual sou tão grata”, rematou.