Consciente das muitas dificuldades que os portugueses atravessam neste momento, a plataforma Doutor Finanças aconselha que as famílias se protejam dos efeitos financeiros da pandemia e reduzam os seus créditos antes de entrarem em incumprimento.
“Sabemos que o novo confinamento trouxe novos desafios às famílias, e isto numa altura em que quem ainda estava com moratória nos créditos pessoais deixou de estar. É fundamental que analisemos a nossa situação financeira ao detalhe e verifiquemos todos os créditos que temos. Se o valor que pagamos por todas as prestações de crédito for muito elevado, há uma solução que pode aliviar a nossa situação financeira. O crédito consolidado é essa solução e permite poupar, em alguns casos, milhares de euros, evitando entrar em incumprimento”, comenta Rui Bairrada, CEO do Doutor Finanças.
O crédito consolidado é uma solução financeira que permite juntar vários créditos num só, com melhores condições. Ou seja, consiste numa única prestação mensal mais baixa com um prazo de pagamento fixo. Esta solução pode ser uma excelente opção, tendo em conta alguns cenários, uma vez que:
Evita chegar a uma situação de incumprimento
Ao reduzirmos o total das mensalidades através da consolidação dos nossos créditos, vamos estar a reduzir os nossos encargos, o que nos permite contar com uma folga mensal financeira que nos vai ajudar a evitar cair numa situação de incumprimento e entrar assim na lista negra do Banco de Portugal. Para termos um maior controlo e sabermos todos os nossos créditos, o especialista aconselha que consultemos regularmente o nosso mapa de responsabilidades. Contudo, quem já se encontra na chamada “lista negra” do Banco de Portugal, não reúne condições para pedir um crédito consolidado.
Ajuda a fazer face ao fim das moratórias no crédito ao consumo
A moratória privada do crédito ao consumo, celebrada pelos membros da Associação de Instituições de Crédito Especializada (ASFAC), terminou no dia 31 de dezembro, ainda que algumas financeiras já tivessem terminado o seu prazo a 30 de setembro. Terminada esta solução que permitiu aliviar os encargos mensais de muitas famílias no seu imediato, é importante analisar alternativas para conseguir continuar a fazer face às despesas. Também nesta situação uma das opções passa por consolidar todos os nossos créditos num só. Podemos ainda conseguir melhores condições e um custo de financiamento também ele menor, quando comparado com as condições atuais dos vários financiamentos que estão a decorrer.
Reduz o impacto dos créditos feitos no Natal
Dezembro é tipicamente um mês marcado pelas festividades natalícias e de final de ano, mas também por um aumento das despesas. Nesta altura do ano, muitas famílias recorrem ao crédito ao consumo e ao cartão de crédito para financiarem as suas compras. Esta solução pode não ter um impacto imediato na nossa carteira, mas trará consigo juros associados. No momento de pagarmos os gastos que fizemos com o cartão de crédito podemos já não dispor do valor total e ter de fracionar o seu pagamento. Ao “adiarmos” o pagamento vamos estar a endividar-nos e a aumentar significativamente o valor que vamos pagar no final. É neste momento que entra o crédito consolidado. Através desta solução podemos juntar todos os créditos que contraímos no Natal num só, ou até mesmo juntar os créditos que já tínhamos. Assim vamos conseguir obter uma única prestação, mais em conta.
É uma solução eficaz para poupar dinheiro todos os meses
Na verdade, o crédito consolidado não é só para sobreendividados. O crédito consolidado é para todos aqueles que têm, pelo menos, dois financiamentos – além do crédito habitação – e que procuram reduzir as suas despesas mensais e construir ou reforçar a sua poupança. Gerar poupança é mesmo o objetivo final da consolidação de créditos. Esta pode ser usada de várias formas: seja numa ótica de gerar mais poupança – através de amortizações de empréstimos a decorrer ou aplicações como depósitos, cujo risco é reduzido -, seja com o objetivo de investimento no seu futuro, através da criação de um fundo de emergência para eventuais necessidades – despesas de saúde, do carro ou qualquer outro evento inesperado – ou até mesmo para recuperar alguns bens essenciais, como por exemplo o seguro de saúde.
Permite um maior conforto nos pagamentos e uma taxa de juro mais aliciantes
Em vez de ter vários débitos aleatórios na nossa conta, ao consolidar os nossos créditos, passamos a ter apenas um único pagamento mensal e uma única entidade credora. A taxa de juro final do crédito consolidado é, normalmente, mais baixa do que a média das taxas de juro de todos os créditos, ou mesmo muito mais baixa se já tivermos um crédito habitação e quisermos tirar partido da nossa hipoteca.