Dizem que a necessidade aguça o engenho e o ressurgimento dos hábitos culinários está a provar isso mesmo. Juntamente com o takeaway e os kits DIY (Do It Yourself) dos restaurantes, reservar algum tempo para cozinhar em casa é outro elemento muito valorizado durante este último ano de pandemia.
O mais recente estudo da Mastercard revela que 64% dos portugueses melhoraram os dotes culinários no último ano e 68% confessaram ter dedicado mais tempo à cozinha, em média quase três horas (2,7h) desde o início do primeiro confinamento, mais 63 minutos comparativamente ao período pré-pandemia.
As pessoas procuram consolo nos pratos favoritos da família. E, se mais de metade afirma tê-lo feito para apostar numa alimentação mais saudável, o Top Five dos “manjares” feitos nas casas portuguesas são, em primeiro lugar, o Bacalhau à Brás (43%). Seguem-se as Bifanas (37%), o Arroz de Pato (34,8%), o Caldo Verde (34%) e o Cozido à Portuguesa (29%).
Embora o regresso ao tradicional seja reconfortante para alguns, quase dois terços (62%) sentem-se confiantes para experimentar receitas e pratos próprios com mais frequência. A influência da TV, serviços de streaming e redes sociais também contribuiu para inspirar muitos dos inquiridos (42%) a cozinhar o que veem no ecrã.
No entanto, além do lado prático, cozinhar desbloqueou, para 51% dos participantes na pesquisa, o desejo de levar um estilo de vida mais saudável e, para 43%, de adquirir novas aptidões e passar mais tempo de qualidade com os familiares. Mais da metade (55%) disseram que as refeições trouxeram uma ligação maior entre as pessoas em casa, com 68% a referir que o ritual de se sentarem à mesa veio para ficar.