Além de aumentar os casos de ansiedade, a pandemia parece ter trazido um hábito não tão saudável às pessoas. Aquilo que, incialmente, pode ser visto como “beber casualmente” rapidamente pode evoluir para um problema sério e que passa despercebido.
“Os padrões de vida das pessoas mudaram. Dormem pior. Ficam mais ansiosas e há uma certa componente de ‘auto-medicação’ para isto com o álcool. As pessoas estão a beber mais para se sentirem melhor, dormirem melhor, etc. E como outras condições que nos fazem sentir bem – entretenimento, vida social – não existem, as pessoas usam o álcool para gratificação imediata“, afirma o psiquiatra Sean Luo.
Quais os sintomas?
De modo a perceber se podemos estar perante um distúrbio associado à ingestão de bebidas alcoólicas, importa olhar para alguns sinais de alerta. Além da quantidade consumida, há que verificar uma série de outros hábitos associados. São eles:
- Desejos – ter uma grande vontade ou necessidade de beber;
- Perda de controlo – não ser capaz de parar de beber assim que começa;
- Dependência – ter reações adversas quando não bebe, como náuseas, suores, tremores ou estados emocionais como ansiedade;
- Tolerância – precisar de maiores quantidades de álcool para atingir os efeitos pretendidos.