O dicionário da Língua Portuguesa diz-nos que um Machimbombo é um “ascensor mecânico para ladeiras íngremes”. É numa das subidas mais icónicas e soalheiras das colinas de Lisboa, a Calçada do Combro, que descobrimos este espaço cor-de-rosa e camaleónico, que nos serve um brunch a partir do meio-dia e música e cocktails até de madrugada.
“Já depois de termos escolhido o nome, pelo significado e a sonoridade, descobri que o meu avô tinha sido condutor de machimbombo”, conta Márcio Duarte, que fundou o novo Machimbombo com a mulher, Jennifer McFarlane.
“O brunch do Machimbombo reúne os nossos pratos preferidos, sabores que descobrimos durante as nossas viagens. Criámos tudo juntos – desde o conceito à carta, à arquitetura do espaço. O projeto nasce de um pastiche das nossas referências estéticas, das nossas experiências, do tempo de passámos nos Estados Unidos e em Berlim, de tudo o que gostamos e queremos partilhar com os outros”, contam Márcio e Jennifer. “Adorámos a ideia de abrir ao meio-dia e servir o pequeno-almoço para quem veio beber um copo ao nosso bar à noite”, acrescentam.
Na carta descobrimos pratos como o Cheese-Tastic (€7), uma sandwich com queijo grelhado, kimchi, pickles e maionese picante; o Mexcellent (€9), tacos com ovos ou tofu – há sempre a opção vegan -, feijões, abacate, cebola em pickle; a Pan Tumaca (€5), uma tosta servida com molho de tomate, alho, sal marinho fumado e um ovo no ponto certo; as maravilhosas panquecas cor-de-rosa Pretty in Pink (€8) e os waffles de matcha a que chamaram Taste of Tokyo (€10) e já é um dos favoritos.
São doze as possibilidades para brunchar, todas elas confeccionadas com ingredientes exclusivamente biológicos, escolhidos a dedo. “Comprámos galinhas numa quinta no Montijo para garantirmos a qualidade dos nossos ovos. Uma das nossas prioridades era não incluir carne ou peixe na carta e assegurar que todos os nossos produtos eram orgânicos, comprados na origem, que tivessem muita qualidade”, conta Márcio.
Também as bebidas foram pensadas para criar a harmonia perfeita entre os pratos e o espaço, a começar pela fresca, rosada e adocicada água de hibisco – suave e inesquecível. O café, premiado, é proveniente das áreas vulcânicas de El Salvador, chama-se Majada (em Portugal só o encontra aqui) e tem um aroma tão peculiar como todos os maravilhosos detalhes que (re)descobrimos de cada vez que nos sentamos aqui à mesa.