O final do desfile de Diogo Miranda pode ser um bom indicador do seu sucesso. O público da Alfândega do Porto aplaudia em êxtase as propostas que conquistavam em todos os sentidos: materiais requintados, cortes exímios e uma silhueta romântica que é capaz de fazer qualquer mulher sentir-se num verdadeiro conto de fadas.
Mais uma vez Diogo fez aquilo a que já nos habituou, peças elegantes, usáveis e que são alvo de desejo assim que pisam a passerelle. A inspiração partiu do “vestuário masculino usado nos anos 60 que foi desconstruído e transformado num look feminino e sofisticado”, explica Diogo. O resultado deste processo é uma dicotomia entre casacos com ombros largos, tecidos rígidos e estruturados, e as cinturas bem marcadas e uma silhueta bastante feminina. As propostas para a estação quente são “sofisticadas e urbanas”, em saias lápis estampadas, calças à boca-de-sino e macacões com drapeados. A paleta de cores variou entre o azul navy, amarelo mostarda, o preto e vários tons de bege.
Continuando o caminho traçado já nas edições passadas, Diogo começou pelas sugestões para o dia-a-dia e terminou com sugestões para red carpet. Vestidos de cocktail compridos e dramáticos encerraram o desfile feito a pensar em mulheres confiantes. “Esta coleção é sobretudo sexy e wearable. Desenhada para uma mulher que tem confiança em si, elegante e que gosta de arriscar”, declarou o designer.
Antes de passar pela cidade invicta esta coleção já tinha sido apresentada em Paris. “Paris é o centro da moda e por isso temos permanentemente um showroom nesta cidade”, conta. Uma aposta na internacionalização que já tem resultados. Diogo Miranda afirma que as vendas estão a correr “super bem” e que neste momento a sua grande quota de mercado é internacional.