Fátima Reis e Carolina Curado

Uma bióloga transformada em joalheira, Carolina Curado, e uma publicitária com uma vontade de construir um projeto próprio, Fátima Reis, uniram-se para fazer nascer a marca Carolina Curado. Duas mulheres que são polos opostos e se complementam nas suas diferenças marcando o ADN das joias que constroem. Com uma forte componente natural, a sua abordagem da joalharia passa pela influência das formas orgânicas presentes na fauna e flora que as rodeiam.

A ACTIVA falou com as duas mulheres que têm nas suas mãos os destinos da marca de joalharia que nasceu em 2012 em Portugal e já encanta mulheres por todo o mundo. À conversa mantida maioritariamene com Carolina Curado, juntou-se algumas vezes Fátima Reis. Viaje connosco a um mundo encantado onde o latão se encontra com pérolas, minerais, corais e zircões para fazer a sua magia e criar as joias que mais queremos usar.

“Estamos muito orgulhosas por termos conseguido desenvolver este projeto cem por cento português e por contribuirmos para a riqueza do nosso país.” – Carolina Curado

Quando a Carolina criou a Carolina Curado pensou em que mulheres?

Carolina Curado – Enquando criação não penso num tipo de mulher para usar as nossas peças. É um processo que se desenvolve mais em torno da peça em si, na forma como queremos que ela seja interpretada e usada.

Ter como resultado deste processo vários tipos de mulheres a usar o nosso trabalho é o momento mais gratificante para nós, sentir que de alguma forma conquistámos e tocamos mulheres tão diferentes entre si.

A grande mudança foi a entrada da Fátima para o projeto. O que mudou?

Carolina Curado – A Fátima, com o seu background de marketing e publicidade, trouxe uma visão integrada e global, não só do que a marca era mas do que poderia vir a ser. Ao longo dos anos tem vindo a desenvolver a linguagem da marca, a comunicação nas suas várias vertentes, a estratégia empresarial. Tudo isto de uma forma sustentada, continuada, com um foco no presente e no futuro, na qualidade que para nós é indispensável e que queremos entregar sempre.

Definem-se como polos opostos. Quanto do ADN da Carolina e quanto do ADN da Fátima é que está em cada uma das joias que criam?

Carolina Curado – Mais do que opostos, somos complementares. Duas mulheres que vieram de sítios diferentes, com idades diferentes, experiências diferentes, mas que souberam usar isso a seu favor. Ver nessas diferenças ângulos e perspetivas novas, potenciarem-se mutuamente, sempre com um enorme respeito pelo que a outra trouxe e traz. No nosso processo criativo, eu, Carolina tenho a liberdade total de criar as peças e coleções. No entanto não há uma única peça que não seja partilhada com a Fátima. É um processo com entusiasmo mas também inseguranças, são momentos de alguma vulnerabilidade enquanto espaço de criação. Enquanto criativa sinto que não há ninguém que me saiba ouvir melhor, acrescentar mais, perceber melhor a forma como a criação se desenvolve e o saiba respeitar.

De onde vem a inspiração?

Carolina Curado – A inspiração tem que estar presente em todas as fases do nosso caminho. Nas joias ela muitas vezes começa por um elemento que vai servir de mote ao resto da coleção. Pode ser uma flor, pode ser um animal, pode vir das pedras que queremos usar ou das cores, formas ou texturas que nos fascinam. 

Em todo o processo de dar vida a uma joia qual é a fase que mais vos apaixona?

Carolina Curado – Aqui há momentos diferentes para cada uma de nós. Para mim é dar vida a uma peça, fazê-la nascer de uma ideia e vê-la ganhar forma.

Fátima Reis – É sobre criar uma narrativa cheia de simbologia e significado que entrega cada coleção de uma forma mágica e inspiradora para o público. Para as duas há um momento especial, o de ver este trabalho chegar ao fim e cumprir a sua missão: que é a de trazer beleza e sonho ao dia a dia de cada pessoa que de alguma forma passa a ser parte da história da nossa marca.

Todas as vossas joias têm um nome. Quem é que as batiza?

Carolina Curado – Todas as joias fazem parte de coleções que partem de um conceito. Os nomes delas traduzem de alguma forma essa mensagem. É a Fátima a mais responsável por este processo.

Qual foi a joia mais bonita que já criaram?

Carolina Curado – Não podemos escolher uma. Temos mais de 10 anos de marca, houve várias joias que marcaram o nosso caminho, porque representaram uma conquista e um salto no desenvolvimento criativo, técnico e de design. Foram todas e cada uma delas essenciais neste percurso, de tentativa, sucessos e falhas. Atualmente fazemos uma peça por coleção que resume em si os elementos e é a mais trabalhada. Costumam ser tiaras, que pela sua dimensão e características permitem explorar mais os limites que gostamos de desafiar.

“As tiaras permitem explorar mais os limites que gostamos de desafiar.” – Carolina Curado

Quais são os valores da vossa marca de que nunca abdicam?

Fátima Reis – Qualidade e proximidade, tanto no produto como no serviço que queremos oferecer a quem aposta em nós. Estamos muito orgulhosas por termos conseguido desenvolver este projeto cem por cento português e por contribuirmos para a riqueza do nosso país, que tanto nos dá.

Uma joia pode elevar o espírito de quem a usa?

Carolina Curado – Pode e deve. É um dos nossos principais objetivos enquanto criamos e nada nos dá mais prazer do que sentir que de alguma forma contribuímos para essa auto-estima que no fim queremos que se traduza em confiança em si própria.

Quais são as joias que a Carolina e a Fátima usam todos os dias?

Carolina Curado – É igual para ambas: brincos. Gostamos de variar e assaltamos a nossa montra várias vezes!

Quais são as joias mais bonitas (no sentido estético e emocional) que guardam no vosso joalheiro?

Fátima Reis – Um alfinete antigo da mãe, que é uma abelha com uma pedra (ainda antes de trabalharmos juntas a Carolina teve que fazer um restauro nesta peça).

Carolina Curado – Não é uma peça que tenha comigo mas que ainda assim foi importante. Era um anel de uma tia que tinha amores-perfeitos e que na altura marcou o início na joalharia.

Quando descobrem uma mulher a usar uma joia da vossa autoria o que é que sentem?

Fátima Reis – Muito orgulho, felicidade e responsabilidade. É sempre um momento mágico e de humildade, queremos sempre corresponder mais e melhor a quem já tem peças nossas, não nada melhor do que um cliente que volta.

Qual é a joia que tem mais procura?

Carolina Curado – Brincos e anéis, talvez porque também são os que mais naturalmente gostamos de criar.

Que cuidados devemos ter para que as nossas joias tenham uma vida mais longa?

Carolina Curado – Manter a caixa em que a peça é entregue e guardar lá dentro a joia quando não está a ser usada. Além disso, é essencial ter o cuidado de não molhar a joia com qualquer líquido. Nós fazemos manutenção de todas as nossas peças, a qualquer momento podemos recuperá-las e prolongar a sua vida.

Digam-nos três mulheres que vos inspirem pelo seu estilo?

Frida Khalo, pela sua irreverência de estilo e autenticidade que tanto a caracterizaram.

Iris Apfel, pela vontade de viver, de nunca desistir e de ser fiel a si mesma.

Michelle Obama por associar estilo a uma personalidade super inspiradora e construtiva.

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