Alexandria Ocasio-Cortez continua a ser uma lufada de ar fresco nos corredores do Senado dos Estados Unidos.
Recentemente, a congressista democrata respondeu a um colegas, o republicano Ted Yoho, que se sentiu no direito de insultá-la nos degraus do Capitólio. Um repórter do jornal “The Hill” ouviu a conversa e relatou que “Yoho disse a Ocasio-Cortez que ela era nojenta por sugerir que a pobreza e o desemprego estão a fazer disparar o crime na cidade de Nova Iorque, durante a pandemia do coronavírus”.
O empresário afirmou ainda que “ela devia estar louca”, ao que Alexandria respondeu:“Está a ser mal-educado”. De seguida, entrou no capitólio. Contudo, isso não terá impedido Yoho de continuar a expressar o desdém que sente pela jovem. Quando achou que AOC estava fora do campo de audição, alegadamente, descreveu-a como uma “cabra de m***a”.
A notícia tornou-se viral, o que levou Ted Yoho a pedir desculpa publicamente. Contudo, mais valia ter ficado em silêncio. O congressista não assumiu qualquer responsabilidade pelos seus atos e, para além disso, não mostrou estar arrependido ou sequer sentir remorsos pelas palavras que proferiu. Na verdade, a única coisa que fez foi dar uma oportunidade a Alexandria Ocasio-Cortez para brilhar ainda mais, desta feita com um discurso poderoso sobre a cultura sexista de “aceitar a violência e linguagem violenta contra as mulheres”.
“O Sr. Yoho mencionou que tem uma mulher e duas filhas”, afirmou. “Eu sou dois anos mais nova do que a filha mais nova do Sr. Yoho. Eu também sou filha de alguém. Felizmente, o meu pai já não está vivo para ver como o Sr. Yoho tratou a filha dele”, continuou. “A minha mãe pôde assistir ao desrespeito do Sr. Yoho no chão desta Casa em relação a mim na televisão, e eu estou aqui hoje para mostrar aos meus pais que sou filha deles e que eles não me criaram para aceitar agressões de homens”.
O que podemos aprender com AOC? Em primeiro lugar, que o facto de alguém fazer um pedido de desculpas não significa que tenhamos de aceitá-lo. E mais: durante o processo, podemos (e devemos) fazer frente a quem nos destrata.
Bravo, Alexandria!