Os dias quentes trazem muitas coisas boas, mas a abundância de mosquitos, definitivamente, não é uma delas. E se tem a impressão de que eles gostam particularmente de si, é bem capaz de ter razão.
Segundo um estudo publicado pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, o número de picadas está quase inteiramente relacionado com os genes de uma determinada pessoa. “A descoberta mais recente é que sabemos que é hereditário”, diz James Logan, professor e antigo diretor do departamento de Controlo de Doenças.
Desde que chegaram a esta conclusão, Logan e a sua equipa embarcaram naquilo que será um estudo de três anos de gémeos idênticos, para isolar quais genes são atraentes para os mosquitos e quais não são, com a esperança de que um dia possamos tomar um comprimido para repeli-los.
O que se sabe?
Os hábitos, a comida ingerida ou o perfume que se usa não têm um papel tão determinante quando se possa pensar no que toca. Sabe-se que os mosquitos fêmea, que são os que picam, sentem-s atraídos pelo aroma de dióxido de carbono, que todos os seres humanos emitem através dos poros.
“Eles têm recetores de dióxido de carbono, que usam para perceber de onde ele vem e o quão próximos estão dele”, explica Logan.
Um fator secundário surge sob a forma de ácido lático, o subproduto da queima muscular ou do exercício. Muitas vezes, as pessoas que se exercitam regularmente emitem mais ácido lático, bem como as pessoas com taxas metabólicas mais altas. Um indivíduo com maior frequência cardíaca em repouso produz mais dióxido de carbono e ácido lático, atraindo ainda mais mosquitos.
Como mantê-los longe?
As roupas leves (no tecido e na cor) ajudam nesse sentido. Já os repelentes naturais contam com ingredientes, como o limão e a citronela, que irritam os mosquitos que entram em contacto com eles, fazendo com que se afastem antes (ou durante) de uma picada. Contudo, o DEET “faz com que os mosquitos percam o sentido de orientação”, sendo o ingrediente mais eficaz em evitar as mordidas.
